Insônia
perturbação do sono caracterizada por dificuldade em adormecer ou manter-se adormecido durante o tempo desejado / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Insónia (português europeu) ou insônia (português brasileiro) é uma perturbação do sono caracterizada por dificuldade em adormecer[1] ou manter-se adormecido durante o tempo desejado.[11][9] No dia seguinte, a pessoa geralmente apresenta sonolência, falta de energia, irritabilidade e depressão.[1] As insónias podem aumentar o risco de acidentes rodoviários e problemas de concentração e aprendizagem.[1] As insónias podem ser de curta duração, durando dias ou semanas, ou de longa duração, com duração superior a um mês.[1]
Insónia | |
---|---|
Ilustração de insónias, século XIV | |
Sinónimos | Falta de sono, dificuldade em adormecer |
Especialidade | Psiquiatria, medicina do sono |
Sintomas | Dificuldade em adormecer, sonolência durante o dia, falta de energia, irritabilidade, humor depressivo[1] |
Complicações | acidentes rodoviários[1] |
Causas | Desconhecidas, stresse psicológico, dor crónica, insuficiência cardíaca, hipertiroidismo, azia, síndrome das pernas inquietas, outras[2] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, estudo do sono[3] |
Condições semelhantes | Síndrome do atraso das fases do sono, síndrome das pernas inquietas, apneia do sono, perturbações mentais[4] |
Tratamento | Higiene do sono, terapia cognitivo-comportamental, comprimidos para dormir[5][6][7] |
Frequência | ~20%[8][9][10] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | G47.0 |
CID-9 | 780.52 |
CID-11 | 1038292737 |
OMIM | 614163 |
DiseasesDB | 26877 |
MedlinePlus | 000805 |
eMedicine | 1187829 |
MeSH | D007319 |
Leia o aviso médico |
As insónias podem ocorrer de forma independente ou ser uma consequência de outro problema.[2] Entre as condições que podem ser causa de insónias estão o stresse psicológico, dor crónica, insuficiência cardíaca, hipertiroidismo, azia, síndrome das pernas inquietas, menopausa, alguns medicamentos e substâncias viciantes como a cafeína, nicotina e álcool.[2][8] Entre outros fatores de risco estão o trabalho por turnos e a apneia do sono.[9] O diagnóstico tem por base os hábitos de sono ou exames a possíveis causas.[3] Os questionários geralmente interrogam se a pessoa sente dificuldades durante o sono e se tem dificuldades em adormecer ou manter-se adormecida.[9]
O tratamento inicial das insónias consiste geralmente em higiene do sono e alterações no estilo de vida.[5][7] Entre as práticas de higiene do sono estão deitar-se sempre à mesma hora, manter o quarto sossegado e escuro, praticar exercício físico com regularidade e apanhar luz do sol com regularidade.[7] Em alguns casos pode ser aconselhada terapia cognitivo-comportamental.[6][12] Embora os medicamentos para dormir possam ajudar, este tipo de medicamentos está associado a dependência psicológica, lesões e demência.[5][6] O tratamento com medicamentos não está recomendado para durações superiores a quatro ou cinco semanas.[6] Não está demonstrada a eficácia ou segurança de quaisquer tratamento de medicina alternativa.[5][6]
Em qualquer momento no tempo, entre 10 a 30% dos adultos são afetados por insónias. Cerca de metade das pessoas apresenta pelo menos um episódio de insónias por ano.[8][9][10] Cerca de 6% da população apresenta insónias que não são causadas por outros problemas e com duração superior a um mês.[9] A insónia é mais comum entre as pessoas com mais de 65 anos de idade[7] e mais comum entre mulheres do que entre homens.[8][13] As primeiras descrições conhecidas de insónia datam da Grécia Antiga.[14]