Síndrome do atraso das fases do sono
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A síndrome do atraso das fases do sono[1] (SAFS) é um distúrbio do sono causado pelo ritmo circadiano fora do comum, alterando assim o período de vigília e de sono, o ritmo da temperatura corporal, o ritmo hormonal e outros ciclos diários. Pessoas com SAFS geralmente adormecem algumas horas depois da meia-noite e têm dificuldade de acordar e se manter produtivas pela manhã.[2] É possível que as pessoas que sofram de SAFS tenham um ritmo circadiano significativamente maior do que 24 horas.[3] Dependendo da severidade da síndrome, os sintomas podem ser tratados, com níveis diferentes de sucesso, mas nenhuma cura é conhecida e pesquisas acadêmicas sugerem que há uma predisposição genética para a desordem.[4]
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Transtorno do ciclo vigília-sono | |
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A maioria dos organismos se adaptou para lidar com as variações de luminosidade e temperatura durante o dia. | |
Especialidade | neurologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | F51.2 e G47.2 |
CID-9 | 327.31 |
CID-11 | 1996513332 |
eMedicine | neuro/655 |
Leia o aviso médico |
As pessoas afetadas geralmente indicam que embora elas não consigam dormir até tarde na madrugada, elas conseguem dormir geralmente no mesmo horário todos os dias. A menos que tenham outro distúrbio do sono como apneia, os pacientes podem dormir bem e têm uma necessidade normal de sono. Entretanto, eles têm dificuldade em acordar a tempo para atividades do cotidiano, como a escola ou o trabalho. Se eles conseguirem seguir sua própria rotina – por exemplo, dormir das 04:00 às 13:00 – seu sono melhora e eles não passam por sonolência diurna excessiva.[5] Pacientes com SAFS que tentam seguir o ritmo da sociedade têm comparado a experiência a um jet lag constante; de fato, a SAFS é conhecida como "jet lag social".[6]
Em 2017, pesquisadores associaram a SAFS a pelo menos uma mutação genética.[4] A síndrome geralmente se desenvolve na infância ou na adolescência.[7] A versão adolescente costuma desaparecer no início da idade adulta. Caso contrário, permanece como uma condição vitalícia. A prevalência entre adultos, igualmente distribuída entre mulheres e homens, é de aproximadamente 0,15%, ou 1 em cada 600. A prevalência entre os adolescentes é de 7 a 16%.
A síndrome foi primeiramente descrita em 1981 por Elliot D. Weitzman do Montefiore Medical Center. É responsável por 7-13% das queixas de pacientes de insônia crônica.[8] No entanto, como muitos médicos desconhecem a condição, ela é tratada de maneira errada. SAFS é comumente diagnosticada como insônia ou uma condição psiquiátrica. Os tratamentos incluem higiene do sono, fototerapia, exercícios matinais e rotina alimentar, e medicamentos como melatonina e modafinil; a primeira é um hormônio natural responsável pelo relógio biológico humano. No pior cenário, a SAFS é uma deficiência. Uma grande dificuldade para o tratamento é a manutenção de uma rotina de acordar cedo, uma vez que o copro do paciente tende a reiniciar a rotina de sono nas suas horas tardias de sempre. As pessoas com SAFS podem melhorar sua qualidade de vida ao escolher carreiras com horários de trabalho flexíveis, ao invés de tentar seguir a rotina convencial das 8:00 às 18:00.