Declaração de Independência do Estado de Israel
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A Declaração de Independência do Estado de Israel foi proclamada às 16 horas do dia 14 de maio de 1948, no edifício que hoje abriga o Museu da Independência, em Telavive, algumas horas antes do término do Mandato Britânico sobre a Palestina.[1]
Declaração de Independência do Estado de Israel | |
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Data | 14 de maio de 1948 |
Local de assinatura | Independence Hall |
País | Palestina |
Tipo de documento | documento histórico, declaração de independência, proclamation, resolução |
Signatários
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Atualmente, o documento original da Declaração está em exposição na Knesset, o parlamento de Israel.
Após a proclamação feita por David Ben-Gurion, as assinaturas dos membros do Moetzet HaAm ("Conselho do Povo"), que consistia em 37 integrantes representando a comunidade judaica de Eretz-Israel, foram coletadas, embora nem todos tenham assinado no mesmo dia. A declaração foi redigida em hebraico, uma língua com raízes bíblicas que foi modernizada no século XX, em grande parte devido aos esforços de Eliezer Ben Yehuda.
A Declaração enfatiza a ligação ininterrupta entre o povo judeu e a terra de Israel, onde eles formaram sua identidade espiritual, política e religiosa e estabeleceram estados antigos e valores culturais. Apesar do exílio forçado, o povo judeu manteve sua fé e continuou a aspirar ao retorno e à restauração de sua liberdade política na terra ancestral.
A declaração também destaca o retorno em massa de judeus à região nas décadas recentes, a reconstrução e o desenvolvimento do território, e a reavivação da língua hebraica. Sublinha-se a aprovação da Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, que apoiou a criação de um Estado Judeu em Eretz-Israel, reconhecendo assim o direito do povo judeu de restabelecer seu próprio país.[1]
Este documento histórico proclama o estabelecimento do Estado de Israel, que começaria a funcionar a partir da noite de 14 de maio de 1948, coincidindo com a véspera de Shabbath e o término do Mandato Britânico. O Conselho do Povo atuaria como o governo provisório até a eleição de uma Assembleia Constituinte, marcada para ocorrer até 1º de outubro de 1948.
O Estado de Israel prometeu estar aberto à imigração judaica e ao acolhimento de exilados, promover o desenvolvimento do país para todos os seus habitantes, e basear-se em princípios de liberdade, justiça e paz. Além disso, comprometeu-se a respeitar os locais sagrados de todas as religiões e a aderir aos princípios da Carta das Nações Unidas.
A Declaração conclama a comunidade internacional e os estados vizinhos a cooperarem com o novo Estado e apela ao povo judeu por todo o mundo para apoiar os esforços de construção e imigração, contribuindo para a realização do sonho antigo de redenção de Israel. A assinatura deste documento fundamental ocorreu em uma sessão do Conselho de Estado, reafirmando a fé dos signatários no direito à autodeterminação e na importância histórica deste ato.[1]