Crime e Castigo
Uma das grandes obras da literatura universal de Fiódor Dostoiévski / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Crime e Castigo (em russo, Преступление и наказание, Prestuplênie i nakazánie) é um romance do escritor Fiódor Dostoiévski, publicado na revista literária O Mensageiro Russo durante doze edições mensais ao longo do ano de 1866.[1] Posteriormente, foi publicado em volume único. É o segundo romance de Dostoiéviski, escrito após seu exílio de dez anos na Sibéria. Crime e Castigo é considerado o primeiro grande romance do seu período de escrita "maduro".[2] O romance é frequentemente mencionado como uma das maiores obras da literatura universal.[3][4][5][6]
Crime e Castigo | |
---|---|
Преступле́ние и наказа́ние | |
Primeira publicação na revista O Mensageiro Russo, em 1866. | |
Autor(es) | Fiódor Dostoiévski |
Idioma | russo |
País | Rússia |
Assunto | crime, terror psicológico |
Gênero | romance |
Lançamento | 1866 |
Páginas | 561 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Adelino dos Santos Rodrigues |
Editora | Europa-América |
Edição brasileira | |
Tradução | Paulo Bezerra |
Ilustrador | Evandro Carlos Jardim |
Arte de capa | Evandro Carlos Jardim |
Editora | Editora 34 |
ISBN | 85-7326-208-7 |
O romance se baseia numa visão sobre religião e existencialismo com um foco predominante na ideia de atingir salvação por meio do sofrimento, ao que o autor envolve algumas questões acerca do socialismo e do niilismo.
Os personagens do romance, assim como suas caracterizações e personalidades, bem como em outras obras de Fiódor Dostoiévski, inspiraram pensamentos filosóficos, sociológicos e psicológicos da segunda metade do século XIX e também no século XX. Tendo como influenciados declarados Nietzsche, Sartre, Freud, Orwell, Huxley, dentre outros.[7]
Os traços autobiográficos particularmente evidentes, como a adoração pela mãe, o vício do jogo (também explorado pelo autor em O Jogador) e a fidelidade psicológica da narrativa acompanhada pelos traços estilísticos do autor, colocaram esta obra entre as maiores da história da literatura universal e, certamente, junto com Os Irmãos Karamazov, garantiram a Fiódor Dostoiévski a posição de maior escritor russo da história em conjunto com Lev Tolstoy.
"Crime e Castigo é um livro estranho, porque por trás dele existe uma teoria repugnante, defendida pelo protagonista: a de que certos homens superiores têm direito de matar pelo bem da humanidade. Essa teoria dos homens superiores é perigosa [...] O personagem Raskólnikov publica essa sua tese de que indivíduos extraordinários têm 'direito ao crime' pelo bem da humanidade no jornal Discurso Semanal."[8]