Colite ulcerosa
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Colite ulcerosa é uma doença crónica que causa inflamação e úlceras no cólon e no reto.[1][6] Os principais sintomas da doença ativa são dor abdominal e diarreia com presença de sangue.[1] Entre outros possíveis sintomas estão perda de peso, febre e anemia.[1] Em muitos casos os sintomas manifestam-se gradualmente e podem variar de ligeiros a graves.[1] Geralmente os sintomas manifestam-se de forma alternada com períodos sem sintomas.[1] Entre as possíveis complicações estão o megacólon, inflamações dos olhos, articulações ou fígado, e cancro do cólon.[1][2]
Colite ulcerosa | |
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Imagem endoscópica de um cólon sigmóide afetado por colite ulcerosa. Note o padrão vascular da granularidade do cólon e a friabilidade focal da mucosa. | |
Sinónimos | Colite ulcerativa |
Especialidade | Gastroenterologia |
Sintomas | Dor abdominal, diarreia com sangue, perda de peso, febre, anemia[1] |
Complicações | Megacólon, inflamação dos olhos, articulações ou fígado, cancro do cólon[1][2] |
Início habitual | 15–30 anos ou > 60 anos[1] |
Duração | Crónica[1] |
Causas | Desconhecidas[1] |
Método de diagnóstico | Colonoscopia com biópsia[1] |
Condições semelhantes | Disenteria, doença de Crohn, colite isquémica[3] |
Tratamento | Alterações na dieta, medicação, cirurgia[1] |
Medicação | Sulfassalazina, mesalazina, esteroides, imunossupressores como a azatioprina, terapêutica biológica[1] |
Frequência | Até 5 em cada 1000 pessoas[4] |
Mortes | 47 400 em conjunto com Crohn (2015)[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | K51 |
CID-9 | 556 |
CID-11 | 784669405 |
OMIM | 191390 |
DiseasesDB | 13495 |
MedlinePlus | 000250 |
eMedicine | med/2336 |
MeSH | D003093 |
Leia o aviso médico |
Desconhecem-se as causas da doença.[1] As teorias apontam para o envolvimento de causas autoimunes, genéticas, alterações na flora intestinal e fatores ambientais.[1][7] A doença é mais comum em países desenvolvidos, o que leva alguns investigadores a propor que possa ser o resultado de menor exposição a infeções intestinais ou à dieta e estilo de vida Ocidentais.[6][8] A remoção do apêndice durante a infância pode oferecer alguma proteção.[8] O diagnóstico é geralmente realizado com colonoscopia e biópsia.[1] A colite ulcerosa é um tipo de doença inflamatória do intestino, a par da doença de Crohn e colite microscópica.[1]
Algumas alterações na dieta podem aliviar os sintomas, como a adoção de uma dieta rica em calorias ou dieta isenta de lactose.[1] No tratamento dos sintomas e remissão da doença são usados vários medicamentos, como a sulfassalazina, mesalazina, esteroides, imunossupressores como a azatioprina ou terapêutica biológica da doença inflamatória do intestino.[1] Nos casos mais graves, em que a doença não responde ao tratamento ou quando surgem complicações como cancro do cólon, pode ser necessária a remoção cirúrgica do cólon.[1] A remoção do cólon e do reto pode curar a doença.[1][8] Com tratamento adequado, a mortalidade aparenta ser idêntica à da população em geral.[2]
Em conjunto, a doença de Crohn e a colite ulcerosa afetavam cerca de 11,2 milhões de pessoas em 2015.[9] A cada ano registam-se 1–20 novos casos por cada 100 000 pessoas, sendo afetados 5–500 por cada 100 000 indivíduos.[6][8] A doença é mais comum na Europa e na América do Norte do que no resto do mundo.[8] Na maior parte dos casos a colite ulcerosa tem início entre os 15 e 30 anos de idade ou em pessoas com mais de 60 anos.[1] A doença aparenta afetar homens e mulheres em igual proporção.[6] A frequência tem vindo a aumentar desde a década de 1950.[6][8] A primeira descrição da doença foi feita na década de 1850.[8]