Síndrome nefrótica
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A síndrome nefrótica (ou simplesmente nefrose) é um transtorno renal causado por um conjunto de sinais, sintomas e achados laboratoriais que se desenvolvem quando ocorre uma elevação da permeabilidade da parede capilar dos glomérulos renais,[1] que implica a perda excessiva de proteínas através da urina (proteinúria) superior a 3.5g por dia,[nota 1] níveis baixos de proteína no sangue (hipoproteinemia ou hipoalbuminemia),[1] ascite e, nalguns casos, edema, colesterol alto (hiperlipidemia ou hiperlipemia) e uma predisposição para a coagulação.[1] Outros sintomas podem também estar associados com o aumento de peso, sensação de cansaço e urina turva (espumosa).[1]
Síndrome nefrótica | |
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A imagem microscópica da glomeruloesclerose diabética é a principal causa da síndrome nefrótica em adultos. | |
Sinónimos | Nefrose |
Especialidade | nefrologia |
Sintomas | Inchaço, aumento de peso, cansaço, urina turva[1] |
Complicações | Coágulos sanguíneos, infecções, hipertensão arterial[1] |
Causas | glomeruloesclerose segmentar e focal( na verdade uma Glomerulonefrite), nefropatia membranosa e doença de lesão mínima, lúpus, diabetes[1][2] |
Método de diagnóstico | Exame de urina, biópsia renal[1] |
Condições semelhantes | Síndrome nefrítica, cirrose, desnutrição grave[2] |
Tratamento | Da causa subjacente |
Frequência | Entre 5 por 100,000 por ano[3][4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | N04 |
CID-9 | 581 |
CID-11 | 1184209951 |
DiseasesDB | 8905 |
MedlinePlus | 000490 |
eMedicine | med/1612 ped/1564 |
MeSH | D009404 |
Leia o aviso médico |
As causas incluem um determinado grupo de doenças renais, tais como glomeruloesclerose segmentar e focal( na verdade uma Glomerulonefrite), nefropatia membranosa e doença de lesão mínima. Também pode ocorrer como complicação da diabetes ou lúpus. Normalmente a causa está na lesão do glomérulo renal, seja esta primária ou secundária,[1][2] que altera a sua capacidade de filtrar as substâncias que o sangue transporta. O diagnóstico é geralmente feito com base em exames à urina e, por vezes, é feita uma biópsia renal.[1] Esta difere da síndrome nefrítica em que não há glóbulos vermelhos na urina.[2]
O tratamento foca-se na causa subjacente. Outras medidas incluem a controlo da hipertensão arterial, altos níveis séricos de colesterol e risco infecção.[1] Recomenda-se uma dieta de regime hipossódico e diminuição de ingestão de líquidos.[1] Entre cerca de 5 e 100.000 pessoas são afectadas anualmente por esta condição.[3][4] As principais causas subjacentes variam das crianças para os adultos.[4] Em função da condição e do tipo de lesão, estes sujeitos tendem a apresentar um bom prognóstico se submetidos a um tratamento adequado.