Doença de lesão mínima
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A doença por lesão mínima (DLM) (também conhecida como MCD, glomerulopatia de alteração mínima e doença nil, entre outras) é uma doença renal que causa uma síndrome nefrótica. A síndrome nefrótica leva à perda de quantidades significativas de proteína na urina, o que causa o edema dos tecidos moles e insuficiência renal comumente experimentado por aqueles afetada pela doença. É mais comum em crianças e tem um pico incidência entre 2 e 3 anos de idade.[1] A MCD é responsável por 10 a 25% dos casos de síndrome nefrótica em adultos.[2] É também a causa mais comum de síndrome nefrótica de causa desconhecida (idiopática) em crianças.[2]
Doença de lesão mínima | |
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Especialidade | nefrologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | N00-N08 com sufixo.0 |
CID-9 | 581.3 |
CID-11 | 1642749578 |
DiseasesDB | 8230 |
MedlinePlus | 000496 |
eMedicine | med/1483 |
MeSH | D009402 |
Leia o aviso médico |
À microscopia eletrônica, identificou-se uma anormalidade freqüentemente presente: a fusão e apagamento dos processos podocitários. Resulta da perda da carga negativa da barreira glomerular, originando um tipo seletivo de proteinúria.
Os pacientes geralmente apresentam um quadro de síndrome nefrótica clássica, com todos os seus sinais e sintomas, muitas vezes influenciado por fatores desencadeantes, como espisódios virais ou infecção respiratória. Existe clara associação com fenômenos atópicos, como asma e eczema.
A DLM pode ser idiopática ou estar associada a uma série de doenças sistêmicas e ao uso de medicamentos - o linfoma de Hodgkin e o uso de anti-inflamatórios não esteróides - derivados do ácido propriônico - são as principais.
O tratamento basea-se em corticoterapia - durante 8 a 12 semanas - e observação da resposta - que costuma ser dramática. Nos casos não-responsivos, muito recidivantes e nos pacientes com mais de 8 anos de idade, é indicada a biopsia renal.
A evolução natural da doença é boa, menos de 5% das crianças portadoras desenvolvem estado de "rim terminal" - quando acompanhadas por 25 anos. Nesse caso, a instabilidade hemodinâmica com choque cardiocirculatório é a complicação mais séria. O quadro pode se associar a peritonite espontânea, freqüentemente causada por Streptococcus pneumoniae.