Revoluções de 1989
Queda dos regimes comunistas na Europa e insurgência da democracia liberal, 1989 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As Revoluções de 1989, Outono das Nações, colapso do comunismo, Revoluções do Leste Europeu ou queda do comunismo[1] foram uma onda revolucionária que varreu a Europa Central e Oriental no final de 1989, terminando na derrubada do modelo soviético dos Estados comunistas no espaço de poucos meses. Os nomes para esta série de eventos datam das Revoluções de 1848, também conhecidas como "A Primavera das Nações".
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Revoluções de 1989 | |||||||||
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Parte de Guerra Fria | |||||||||
A população alemã ocupa o Muro de Berlim a 9 de novembro de 1989 | |||||||||
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Participantes do conflito | |||||||||
União Soviética República Popular Socialista da Albânia República Socialista da Checoslováquia República Socialista da Romênia Iugoslávia República Socialista Federativa da Iugoslávia
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Solidarność Manifestantes e oposição anti-comunista e pró-reunificação da Alemanha
Movimentos nacionalistas russos
Oposição nacionalista e anti-comunista ucraniana
Oposição democrática bielorrussa
Oposição nacionalista chechena Oposição democrática checa e eslovca
Oposição e manifestantes democrática e anti-comunista romena
Oposição democrática mongol Movimentos nacionalistas, democráticos e anticomunistas sérvios
Oposição nacionalista eslovena Oposição nacionalista kosovar Apoiado por: | ||||||||
Líderes | |||||||||
Mikhail Gorbachev Erich Honecker Egon Krenz Nicolae Ceausescu Deng Xiaoping Wojciech Jaruzelski Todor Jivkov Slobodan Milosevic Ramiz Alia Károly Grósz János Kádár Dumaagiin Sodnom Miloš Jakeš |
Lech Walesa Vaclav Havel Alexander Dubček Ion Iliescu Petre Roman Boris Yeltsin Vladimir Bukovsky Joachim Gauck Liu Gang Zoltán Bíró Sanjaasürengiin Zorig Vytautas Landsbergis Zianon Pazniak Jelyu Jelev Viacheslav Chornovil Sali Berisha Franjo Tuđman Alija Izetbegović Ronald Reagan George H. W. Bush João Paulo II |
Os eventos da revolução, sem derramamento de sangue, tiveram início na Polônia,[2][3] prosseguiram na Hungria e, em seguida, levaram a uma onda de revoluções majoritariamente pacíficas na Alemanha Oriental, Tchecoslováquia e Bulgária. A Roménia foi o único país do bloco do Leste que derrubou o regime comunista violentamente e executou o seu chefe de Estado.[4] Os Protestos na Praça da Paz Celestial de 1989 não conseguiram mudanças políticas na China. Na Eslovénia, então parte da antiga Iugoslávia, o mesmo processo teve início na Primavera de 1988, mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção de na vizinha Croácia.
Os eventos subsequentes que continuaram em 1990 e 1991 são, por vezes, também referidos como uma parte das revoluções de 1989. A Albânia e Iugoslávia abandonaram o comunismo entre 1990 e 1991: a última, dividida em cinco estados sucessores em 1992. Eram eles: Eslovênia, Croácia, República da Macedônia, Bósnia e Herzegovina e República Federal da Iugoslávia (incluindo Sérvia e Montenegro). A União Soviética foi dissolvida até o final de 1991, resultando na Rússia e 14 novas nações que declararam sua independência da União Soviética: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e Uzbequistão. O impacto foi sentido em dezenas de países socialistas. O socialismo foi abandonado em países como o Camboja, Etiópia, e Mongólia. O colapso do comunismo levou os especialistas a declarar o fim da Guerra Fria.
Reformas na Europa Oriental, bem como na República Popular da China e no Vietnã, começaram a abraçar o capitalismo. Os acontecimentos em 1989-1991 mudaram dramaticamente o equilíbrio de poder mundial e marcaram (com o subsequente colapso da União Soviética) o fim da Guerra Fria e o início de uma nova era: a Era da Globalização.