Pugilina tupiniquim
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Pugilina tupiniquim (nomeada, em português, incha-velho, gatapu ou rochelo - BRA[5][6][7]; o zoólogo Eurico Santos também comentando que Arthur Neiva a nomeia búzio-preto, no Recôncavo baiano)[8] é uma espécie de molusco gastrópode marinho costeiro, estuarino e predador de Bivalvia, pertencente à família Melongenidae, na subclasse Caenogastropoda e ordem Neogastropoda. Foi classificada por Daniel Abbate e Luiz Ricardo L. Simone, em 2015, no artigo científico "Review of Pugilina from the Atlantic, with description of a new species from Brazil (Neogastropoda, Melongenidae)", publicado em African Invertebrates 56(3) - páginas 559-577. Habita áreas de baixa salinidade, como lodaçais entre marés e manguezais, ambiente próximo à foz de rios, no oeste do oceano Atlântico entre a Venezuela, no mar do Caribe, e a região sul do Brasil. No passado, e durante todo o século XX, os indivíduos desta espécie pertenciam à espécie Pugilina morio (nomeada, em inglês, giant hairy melongena), classificada por Carolus Linnaeus, em 1758 - como Murex morio; no gênero Murex -, encontrada na costa africana do leste do Atlântico e cuja espécie-tipo fora coletada na ilha de Goreia, ao largo da costa do Senegal e em frente a Dakar, na África Ocidental.[2][3][4][5] Já fora verificado imposex na espécie, em estuários do Ceará (região nordeste do Brasil); também indicado como sua localidade-tipo.[4][9]
Pugilina tupiniquim | |||||||||||||||||||
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Ilustração de uma concha do gênero Pugilina Schumacher, 1817, sem o perióstraco. As duas espécies deste gênero, P. morio (Linnaeus, 1758) e P. tupiniquim Abbate & Simone, 2015[1], possuem uma semelhança grande demais, ao leigo, para ser classificadas através de uma análise da concha; estando, até o início do século XXI, agrupadas na mesma espécie; mas geralmente a espécie tupiniquim possui escultura mais robusta em sua volta corporal. Da mesma forma, P. morio exibe um canal sifonal mais curto e pode ser encontrada em habitat não-estuarino.[2][3] Imagem retirada de Conchologia iconica, or, Illustrations of the shells of molluscous animals vol. IV; pl. I. (1843), por Lovell Augustus Reeve. | |||||||||||||||||||
Vista superior (esquerda) e inferior (direita) de um espécime de P. tupiniquim Abbate & Simone, 2015 após a retirada do perióstraco; com seu opérculo visível. Concha coletada em Natal, Rio Grande do Norte, região nordeste do Brasil. | |||||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Pugilina tupiniquim Abbate & Simone, 2015[4] |