Lista de eleições presidenciais no Brasil
eleições para presidente do Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Esta é uma lista de eleições presidenciais no Brasil, compreendendo todas as eleições para presidente e vice-presidente do país, desde a de 1891 até a de 2022, englobando todas as Repúblicas brasileiras e seus sufrágios diretos e indiretos. Contabiliza o número de votos dos principais candidatos em cada pleito, sua porcentagem em relação ao total de votos válidos, seus partidos políticos — ou alianças políticas pelas quais foram lançadas as candidaturas —, os votos nulos, brancos e abstenções, além de, a partir de 1945, um mapa relacionando os resultados das eleições aos estados e territórios brasileiros à época.
Desde a proclamação da República Brasileira, seguindo-se a promulgação da constituição de 1891, o Brasil adotou um modelo presidencialista de democracia representativa por meio de sufrágio direto, embora as eleições que ocorreram sob esta Carta tivessem baixa participação popular, restrições grandes quanto ao eleitorado e apresentassem um alto número de fraudes e manipulações relacionadas à prática do coronelismo. O panorama foi alterado com a Carta de 1946 — uma vez que a de 1934 não contemplou eleições presidenciais senão a primeira, de caráter excepcional, e a de 1937 previa eleições que nunca se concretizaram —, que ampliou o eleitorado e instituiu o voto secreto. O Ato Institucional Número Um e, subsequentemente, a constituição de 1967, determinavam a instituição de eleições presidenciais indiretas, realizadas por meio de um colégio eleitoral, modelo que se seguiu até a promulgação da Carta de 1988, que restituiu o voto direto, secreto e universal e possibilitou uma participação popular maior que todos os pleitos anteriores. Desde 1966, as candidaturas para presidente e vice-presidente ocorrem conjuntamente por meio de uma chapa eleitoral e, desde 1989, adota-se o sistema com dois turnos.
Dos 31 pleitos para presidente, 23 foram realizados de forma direta e 8 de forma indireta, tendo havido apenas uma eleição extraordinária, em 1919. Dos diretos, aquele com o maior número de votos totais foi o primeiro turno de 2014 (115 122 611), e o com o menor foi o de 1906 (306 830); dos indiretos, o com maior foi o de 1985 (660) e o com o menor foi o de 1891 (234). No total, houve 32 eleições para vice-presidente (24 diretas e 8 indiretas), na qual 19 foram separadas da eleição do presidente (16 diretas, e 3 indiretas) e 13 foram juntas (8 diretas e 5 indiretas), tendo havido eleições extraordinárias para o cargo em 1903, 1920 e 1922. Além de 1919, apenas em 1934 houve eleição apenas para presidente, só que dessa vez de forma indireta. A primeira escolha de presidente e vice-presidente da Quarta República também constituiu outra exceção, já que a votação para presidente foi direta, mas a do vice indireta e apenas no seguinte (uma em 1945 e a outra em 1946). Apenas 6 eleições foram vencidas pela oposição (1960, 1985, 1989, 2002, 2018 e 2022), sendo cinco diretas e uma indireta. Nas eleições separadas, a oposição ganhou o cargo de vice-presidente uma vez (1891), indiretamente. Duas vezes os vencedores eram de chapas diferentes: 1891 (presidente eleito como situação e vice-presidente como oposição) e 1960 (presidente eleito como oposição e vice-presidente como situação).
As eleições da República Velha não podem ser consideradas democráticas dentro do critérios atuais, pois careciam de sufrágio universal e voto secreto, portanto, entre as eleições diretas, apenas 12 podem ser consideradas plenamente democráticas entre os presidentes e 11 entre os vice-presidentes (3 separadas). 19 presidentes foram eleitos diretamente (9 de forma plenamente democrática) e 8 indiretamente.19 vice-presidentes foram eleitos diretamente (7 de forma plenamente democrática) e 8 indiretamente. 5 presidentes e 5 vice-presidentes ganharam mais de uma eleição, sendo apenas Getúlio Vargas eleito, para presidente, tanto diretamente quanto indiretamente.
A eleição de 1955 foi a primeira com utilização de cédula eleitoral oficial confeccionada pela Justiça Eleitoral. Antes de 1955 os próprios partidos políticos confeccionavam e distribuíam as cédulas.[1] Desde 1998 utiliza-se a urna eletrônica.