Imigração italiana nos Estados Unidos
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De acordo com a pesquisa nacional de 2016, quase 17 milhões de norte-americanos autodeclararam-se como sendo de origem italiana, compondo mais de 5% da população dos Estados Unidos. Os italianos e seus descendentes formam a sétima maior ancestralidade do país, atrás somente dos alemães, irlandeses, ingleses, "americanos", africanos de várias origens e mexicanos.[1]
Os Estados Unidos foram o país que mais recebeu imigrantes italianos na História.[2] Cerca de 5,5 milhões de italianos imigraram para os Estados Unidos, de 1820 a 2004.[3] A década de 1870 foi seguida pela maior onda de imigração, que ocorreu entre 1880 e 1914, e trouxe mais de 4 milhões de italianos para os Estados Unidos, a grande maioria sendo do sul da Itália e da Sicília, com a maioria tendo origens agrárias.[4] Esse período de imigração em larga escala terminou abruptamente com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914 e, com exceção de um ano (1922), nunca foi totalmente retomado. Ademais, a imigração foi bastante limitada por várias leis aprovadas pelo Congresso americano, na década de 1920.[5][6][7][8]
Aproximadamente 84% dos imigrantes italianos vieram do antigo Reino das Duas Sicílias.[9] Essa era a parte mais pobre e menos desenvolvida da Itália, ainda em grande parte rural e agrícola, onde grande parte da população estava empobrecida por séculos de desgoverno estrangeiro, e por um sistema de tributação opressivo, imposto após a unificação italiana em 1861.[9][10] Nos Estados Unidos, a maioria dos italianos começou suas novas vidas como trabalhadores manuais nas cidades do leste, campos de mineração e na agricultura.[11] Os descendentes dos imigrantes italianos subiram gradualmente de uma classe econômica mais baixa, na primeira geração, para um nível comparável à média nacional, em 1970. A comunidade italiana tem sido frequentemente caracterizada por fortes laços com a família, a Igreja Católica Romana, organizações fraternais e partidos políticos.[12]