Imigração irlandesa nos Estados Unidos
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A imigração irlandesa nos Estados Unidos foi intensa. De acordo com dados do censo americano, 33,1 milhões de americanos disseram ter ascendência irlandesa, 10,4% da população dos Estados Unidos. Este número é sete vezes maior que a população da Irlanda, que conta com somente 4,6 milhões de habitantes. É também a segunda maior ancestralidade apontada pelos americanos, perdendo apenas para a alemã.[1] Outros 3,5 milhões (1% dos americanos) disseram descender de Scotch-Irish ("escoceses-irlandeses").[2] Porém, esses dados devem ser analisados com cautela, pois são baseados na autodeclaração dos entrevistados, o que pode não refletir a realidade demográfica.[3]
Os irlandeses imigraram para os Estados Unidos desde os tempos coloniais. No século XVII, chegaram relativamente poucos irlandeses, a maioria católicos e muitos foram trabalhar como servos. Por sua vez, no século XVIII, chegaram dezenas de milhares de irlandeses às Treze Colônias, a maioria deles protestantes do Ulster, no norte da Irlanda, sendo predominantemente presbiterianos, mas também anglicanos e quakers. Esses protestantes foram morar principalmente na região dos Apalaches, e seus descendentes são geralmente conhecidos como Scotch-Irish.
Porém, foi no século XIX que a imigração irlandesa para os Estados Unidos atingiu seu auge, principalmente em decorrência da grande fome de 1845–1849 na Irlanda. Grande parte da população irlandesa dependia de batata para se alimentar, o que resultou numa tragédia quando o phytophthora infestans contaminou as plantações de batata do país. Cerca de um milhão de irlandeses morreram de fome, e cerca de dois milhões imigraram para sobreviver. Essa imigração foi predominantemente composta por católicos.
Os irlandeses e seus descendentes estão espalhados por todo o território norte-americano e têm participação ativa na sociedade local. Vinte e sete presidentes dos Estados Unidos tinham alguma ascendência irlandesa, de Andrew Jackson até o presidente Joe Biden.