Igreja nacional
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Uma igreja nacional é uma igreja associada a um grupo étnico ou Estado-nação em especial.
Foi uma ideia amplamente discutida a partir do século XIX, durante o surgimento do nacionalismo moderno. Samuel Taylor Coleridge, escrevendo sobre a separação Igreja-Estado, apontou que a ideia de uma instituição religiosa nacional precedia o cristianismo.[1] John Wordsworth, bispo de Salisbury de 1885 a 1911, apontou a Igreja Anglicana e a Igreja da Suécia como igrejas nacionais de seus respectivos povos.
O conceito de igreja nacional é especialmente impregnado hoje no protestantismo inglês e escandinavo. Enquanto em um contexto inglês este termo ainda é inseparável da Igreja Anglicana, algumas das "igrejas populares" luteranas da Escandinávia vieram a emergir na segunda metade do século XIX, seguindo a deixa nacionalista do pastor dinamarquês N. F. S. Grundtvig.[2]
A tendência nacionalizante das igrejas, no entanto, não esteve imune a críticas dentro da Cristandade. No Concílio Pan-Ortodoxo de 1872, foi denunciada como herética a doutrina do filetismo como heresia eclesiológica, deliberando-se que a Igreja Ortodoxa não deveria buscar organizar-se de acordo com as necessidades particulares de grupos étnicos[3] Entre os protestantes, Karl Barth denunciou no século XX como herética a nacionalização da religião cristã, especialmente no contexto das igrejas nacionais declarando guerra umas contra as outras durante a Primeira Guerra Mundial.[4]