Giovanni Villani
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Giovanni Villani (c. 1276 - 1348) foi um banqueiro, diplomata e cronista italiano florentino, a quem é atribuída a obra Nuova Cronica (Novas Crónicas) acerca da história da cidade de Florença. Ocupou o cargo de alto representante de estado, mas ganhou uma má reputação, tendo sido preso como resultado da bancarrota da sua empresa bancária e de negócios. O seu interesse na área da levantamento de detalhes económicos, informação estatística e o seu conhecimento na área da política e psicologia fizeram dele um dos cronistas mais modernos da alta idade média europeia.[1] A sua Cronica é vista como a primeira introdução da estatística como um elemento positivo na história.
Giovanni Villani | |
---|---|
Estátua de Giovanni Villani na Loggia del Mercato Nuovo | |
Nascimento | 1276 ou 1280 Florença |
Morte | 1348 Florença |
Nacionalidade | Italiana |
Cidadania | Reino da Sicília, República Florentina |
Ocupação | Banqueiro, oficial, diplomata e cronista |
Obras destacadas | Cronaca di Partenope |
Causa da morte | peste |
Contudo, o historiador Kenneth R. Bartlett nota que, em contraste com os seus sucessores renascentistas, "a sua dependência em factores tais como a Providência Divina estabelece uma forte ligação de Villani à tradição cronista medieval".[2] Por diversas vezes na sua Cronica Villani realça a relação do pecado e da moralidade com eventos históricos, afirmando queː o excesso leva ao desastre, que as forças do bem e do mal estão em luta constante e que os acontecimentos históricos são directamente influenciados pela vontade de Deus.
Villani recebeu inspiração para escrever a sua Cronica após assistir ao Jubileu em Roma em 1300 e reparar na história venerável daquela cidade. Os eventos na sua Cronica foram descritos ano por ano, usando uma narrativa estritamente linear. Villani fornece uma vasta quantidade de detalhes sobre muitos acontecimentos históricos importantes da cidade de Florença e da região da Toscana, incluindo construções, fomes, pestes, incêndios e cheias.[3]
Villani morreu enquanto ainda trabalhava na sua Cronica, detalhando a grande matança causada pela Peste Negra em 1348 tendo a sua morte dever-se a esta doença. A sua obra foi continuada pelo seu irmão e o seu sobrinho. Os historiadores modernos dividem as suas opiniões sobre Villani entre elogios e críticas à sua obra, sendo que a maior parte das críticas advém do ênfase dado à influência do sobrenatural sobre os acontecimentos, à organização da obra e à sua glorificação de Florença e do papado.