Forças Armadas do Brasil
instituições nacionais de defesa do Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As Forças Armadas do Brasil (FA)[1] são constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Força Aérea Brasileira. Conforme a Constituição Federal de 1988, "são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos Poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem".[2] As FA estão subordinadas ao governo federal através do Ministério da Defesa.[3][4]
Forças Armadas do Brasil | |
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Símbolo do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas | |
País | Brasil |
Ramos | Marinha do Brasil Exército Brasileiro Força Aérea Brasileira |
Lideranças | |
Comandante Supremo | Presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
Ministro da Defesa | José Múcio Monteiro |
Idade dos militares | 18 a 45 anos |
Conscrição | serviço militar obrigatório |
Disponível para o serviço militar |
53 350 703 (2010 est.) homens, idade , 53 433 919 (2010 est.) mulheres, idade |
Apto para o serviço militar |
38 993 989 (2010 est.) homens, idade , 44 841 661 (2010 est.) mulheres, idade |
Chegando a idade militar anualmente |
1 733 168 (2010 est.) homens, 1 672 477 (2010 est.) mulheres |
Pessoal ativo | 360,000 (2023) |
Pessoal na reserva | 1,340,000 (2023) |
Despesas | |
Orçamento | US$ 29,3 bilhões (2017) |
Percentual do PIB | 1,5% (2014) |
Indústria | |
Fornecedores nacionais | Agrale Avibrás CBC Embraer EMGEPRON Helibrás IMBEL INACE Mectron Taurus |
Fornecedores estrangeiros | Alemanha Espanha Estados Unidos França Israel Itália Reino Unido Rússia Suécia |
Artigos relacionados | |
História | História militar do Brasil |
Classificações | Hierarquia militar |
O Brasil adota o serviço militar obrigatório, resultando em uma força militar das maiores do mundo, com efetivo calculado em mais de 1 600 000 homens em idades de reservista por ano.[5] As polícias militares e os corpos de bombeiros militares estaduais e distritais são descritos como forças reservas e auxiliares constitucionais do Exército Brasileiro.[2]
O Brasil é a segunda maior força militar da América (atrás apenas dos Estados Unidos), a maior força da América Latina e do Hemisfério Sul. Segundo a Global Firepower, eram 360 000 militares na ativa (ready-to-fight) em 2022[6] e segundo a mesma o Brasil ocupa a nona posição de 10º potência militar mundial[6] (posição contestada por outras fontes que classificam o Brasil em 35º[7]). Elas estão expandindo sua presença na Amazônia por meio do programa Calha Norte. Em 1994, tropas brasileiras juntaram-se às forças de manutenção da paz das Nações Unidas (ONU) em cinco países. Os soldados brasileiros estiveram no Haiti de 2004 até 2017, liderando a Missão de Estabilização das Nações Unidas (MINUSTAH).[8]
As Forças Armadas são a instituição na qual o brasileiro mais confia, de acordo uma pesquisa de opinião feita em 2014 pela Fundação Getulio Vargas[9] e pelo Datafolha.[10] Em junho de 2017 a pesquisa do Datafolha apontou que 40% dos brasileiros diz confiar muito nas Forças Armadas do Brasil.[11] Os militares brasileiros, especialmente os do Exército, tornaram-se mais envolvidos em ações ou programas cívicos, educacionais, de saúde e de construção de estradas, pontes e ferrovias em todo o país.[12][13] Nesse sentido, duas perspectivas disputam a definição dos objetivos das forças armadas brasileiras (mas também no restante da América do Sul): de um lado, o conceito de segurança humana direciona para atuações internas (crime organizado e terrorismo) a partir de fomentos oriundos de instituições hemisféricas (como a Organização dos Estados Americanos) e borrando distinções entre força militar e força policial; do outro, o conceito de cooperação dissuasória direciona para atuações externas (questões tradicionais de soberania territorial, defesa de recursos naturais) conforme estimula(va)m o Conselho de Defesa Sul-Americano e documentos nacionais como o Estratégia Nacional de Defesa.[14]