Esteira de turbulência
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Na aeronáutica, esteira de turbulência é uma perturbação na atmosfera que se forma atrás de uma aeronave quando esta se move através do ar. Ela inclui vários componentes, dos quais os mais importantes são os vórtices de ponta de asa e os gases de escape. O termo "gases de escape" refere-se simplesmente aos gases que se movem rapidamente ao serem expelidos por um motor a jato - são extremamente turbulentos, mas de curta duração. Vórtices de ponta de asa, entretanto, são muito mais estáveis e podem permanecer no ar por até três minutos após a passagem de uma aeronave. Não é, no sentido aerodinâmico, uma verdadeira turbulência, pois não é uma perturbação caótica do ar. Em vez disso, é semelhante à turbulência atmosférica sentida por uma aeronave voando em região de ar perturbado.
Vórtices de ponta de asa ocorrem quando uma asa gera sustentação. O ar abaixo da asa escorre da região da ponta da asa para cima, em direção à área de baixa pressão acima da asa, gerando vórtices na traseira da asa. A força dos vórtices é determinada principalmente pelo peso e velocidade da aeronave.[1] Vórtices de ponta de asa são os componentes primários e mais perigosos de uma esteira de turbulência.
A esteira de turbulência é especialmente perigosa na traseira de uma aeronave durante o pouso ou decolagem. Durante pousos e decolagens, a aeronave opera em um elevado ângulo de ataque. A atitude de voo da aeronave maximiza a formação de fortes vórtices. Pode haver muitas aeronaves ao redor de um aeroporto, todas voando em baixas velocidades e baixas altitudes, provendo um risco extra de esteira de turbulência e deixando uma pequena margem para as aeronaves se recuperarem de seus efeitos.