Eleições legislativas portuguesas de 2009
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As eleições legislativas portuguesas de 2009, também designadas eleições para a Assembleia da República, realizaram-se no dia 27 de setembro de 2009 e os seus resultados, como determinado constitucionalmente, determinaram o consistório da XI Legislatura da Terceira República Portuguesa.[1] A data foi definida pelo Presidente da República Portuguesa Aníbal Cavaco Silva a 27 de julho de 2009.[2]
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230 lugares da Assembleia da República 116 assentos necessários para maioria | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 59.74 4.52 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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Apesar de uma situação económica díficil com o país a entrar em recessão na sequência do eclodir da crise mundial de 2008 e um desgaste claro com a maioria absoluta socialista, facto provado pela surpreendente vitória do PSD nas eleições europeias de 2009,[3] o PS, liderado por José Sócrates, voltou a vencer as eleições com 36,6% dos votos.[4] O PS perdia a maioria absoluta quatro anos depois mas vencia com uma margem folgada,[5] algo que não era esperado no início da campanha eleitoral.
O PSD, liderado pela ex-ministra Manuela Ferreira Leite, não conseguiu capitalizar no desgaste do governo socialista e na vitória das europeias em junho de 2009 e praticamente repetiu o resultado de 2005 ao ficar-se pelos 29,1% dos votos.[6] A fraca campanha do partido e a forte divisão interna em nada ajudaram o PSD.
A grande surpresa da noite eleitoral foi o CDS-PP, novamente liderado por Paulo Portas após o seu regresso em 2007, que conseguia o melhor resultado desde 1983 ao obter 10,4% dos votos e 21 deputados.[5] Esta grande subida dos centristas contrariou as sondagens que davam no máximo cerca de 8%.[5]
O Bloco de Esquerda continuava a sua ascensão eleitoral e obtinha cerca de 10% e dobrava a sua representação ao passar de 8 para 16 deputados.[5] Apesar desta grande subida, este resultado soube a pouco pois as sondagens davam ao Bloco a possibilidade de ser a terceira força nacional.[5]
Por fim, a coligação PCP-PEV voltava a ter uma ligeira subida na votação e conseguia mais um deputado, chegando aos 15 deputados.[5] Em contraponto, o PCP pela primeira vez na sua história via-se reduzido a quinta força política.[5]
A abstenção atingia o seu nível mais alto de sempre à data e chegava quase aos 35%.[7]