Eleições legislativas portuguesas de 2005
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As eleições legislativas portuguesas de 2005 realizaram-se a 20 de fevereiro de 2005. As eleições foram antecipadas após o Presidente Jorge Sampaio ter demitido o Primeiro-Ministro Santana Lopes apenas 4 meses após lhe ter dado posse.
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230 lugares da Assembleia da República 116 assentos necessários para maioria | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 64.26 2.78 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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Estas eleições foram marcadas pela maior participação desde 1995 (64,3%) e tiveram como temas o estado problemático das finanças nacionais, a elevada taxa de desemprego, a legalização do aborto e até a suposta homossexualidade de José Sócrates, o líder do PS.[1][2]
O PS com José Sócrates como líder desde 2004 conseguia o melhor resultado da sua história e obtinha a maioria absoluta pela primeira vez na sua história.[3] Num clima de grande descontentamento com o governo PSD-CDS, os socialistas foram arrasadores e conseguiram vencer em bastiões da direita portuguesa como os distritos de Viseu e Bragança.[3] O PS conseguia vencer em 19 dos 22 círculos eleitorais e conseguia mais de 45% dos votos.[4] Este resultado permitia a José Sócrates tornar-se Primeiro-Ministro.
Os partidos de governo obtiveram resultados desastrosos, com especial destaque para o PSD. O PSD conseguia o pior resultado desde 1983 e conseguia pouco mais de 28% dos votos e perdia 30 deputados em relação a 2002.[3] Por sua vez, o CDS-PP obtinha o seu pior resultado desde 1991 e ficava-se pelos 7,2% dos votos. Este resultado levou o líder do partido Paulo Portas a pedir a sua demissão na noite eleitoral.[3]
À esquerda, a coligação PCP-PEV recuperava algum terreno após os resultados desastrosos de 2002 e voltava a tornar-se na terceira força política nacional.[3] Por fim, o Bloco de Esquerda triplicava os seus resultados ao conseguir 6,4% dos votos e 8 deputados, e assim confirmando claramente o seu espaço na política nacional.[3]