Dermatite atópica
tipo de inflamação crónica da pele / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Dermatite atópica é um tipo de inflamação crónica da pele (dermatite). Os sintomas mais comuns são pele pruriginosa, gretada, inflamada e vermelha. É possível que a área afetada segregue um líquido límpido e que com o tempo se torne mais espessa.[2] A doença tem geralmente início durante a infância e há evolução variável ao longo dos anos.[2][3] Em crianças com menos de um ano a doença pode afetar a maior parte do corpo. À medida que envelhecem, as áreas mais frequentemente afetadas são a parte interna dos joelhos e a frente dos cotovelos. Na idade adulta, as áreas mais afetadas são as mãos e os pés.[3] Coçar agrava os sintomas e as pessoas afetadas apresentam um risco acrescido de infeções da pele. Muitas das pessoas com dermatite atópica desenvolvem comorbidades como rinite alérgica ou asma[2] estado denominado de marcha atópica.
Dermatite atópica | |
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Dermatite atópica na parte interna do cotovelo. | |
Sinónimos | Eczema atópico, eczema infantil, eczema alérgico, prurigo de Besnier, neurodermatite[1] |
Especialidade | Dermatologia |
Sintomas | Prurido e pele irritada, inflamada, e gretada[2] |
Complicações | Infeções da pele, rinite alérgica, asma[2] |
Início habitual | Infância[2][3] |
Causas | Desconhecidas[2][3] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, viver em cidades, climas secos[2] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas após exclusão de outras possíveis causas[2][3] |
Condições semelhantes | Dermatite de contacto, psoríase, dermatite seborreica[3] |
Tratamento | Evitar fatores que agravem a condição, banho diário com aplicação de creme hidratante, pomadas de esteroides para as irritações[3] |
Frequência | ~20% em algum momento da vida[2][4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | L20 |
CID-9 | 691.8 |
CID-11 | 215767047 |
OMIM | 603165 |
DiseasesDB | 4113 |
MedlinePlus | 000853 |
eMedicine | emerg/130 derm/38 ped/2567 oph/479 |
MeSH | D003876 |
Leia o aviso médico |
Embora a causa exata seja desconhecida, acredita-se que envolva fatores genéticos, disfunção do sistema imunitário, exposições ambientais e problemas na permeabilidade da pele.[2][3] Quando um gémeo verdadeiro é afetado, há uma probabilidade de 85% de o outro também vir a ter a doença.[1] A doença é mais comum entre os que moram em cidades e em climas secos. A exposição a determinadas substâncias químicas ou a lavagem frequente das mãos agravam os sintomas. Embora o stresse emocional possa agravar os sintomas, não é uma causa. A doença não é contagiosa.[2] O diagnóstico baseia-se geralmente nos sinais e sintomas. Entre outras doenças que devem ser excluídas estão a dermatite de contacto, psoríase e dermatite seborreica.[3]
O tratamento consiste em evitar os fatores que agravam a doença, em tomar banho diariamente com aplicação de um creme hidratante, na aplicação de pomadas de corticosteroides quando ocorrem erupções e em medicamentos que aliviam o prurido.[3] Entre as substâncias que geralmente agravam os sintomas estão a roupa de lã, sabonetes, perfumes, cloro, pó e fumo de tabaco. Em algumas pessoas a fototerapia pode ter alguma utilidade. Nos casos em que outras medidas não são eficazes, podem ser administrados comprimidos de esteroides ou inibidores da calcineurina.[2][5] No caso de se desenvolver uma infeção bacteriana, podem ser necessários antibióticos orais ou tópicos.[3] As alterações na dieta só são necessárias caso se suspeite de alergias alimentares.[2]
A dermatite atópica afeta 20% de todas pessoas em determinado momento da vida.[2][4] É mais comum entre as crianças mais novas.[3] A doença afeta igualmente homens e mulheres.[2] Muitas pessoas ultrapassam e aprendem a conviver com a doença.[3] A dermatite atópica é muitas vezes denominada eczema, um termo que também se refere a um grupo alargado de doenças de pele.[2] Outras designações da doença incluem eczema infantil, neurodermatite, eczema alérgico[6] ou eczema endógeno.