Psoríase
doença autoimune caracterizada por manchas na pele avermelhadas, pruriginosas e escamosas / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Psoríase é uma doença autoimune de longa duração caracterizada por manchas na pele.[4] Estas manchas são geralmente avermelhadas, pruriginosas e escamosas. A gravidade é variável, desde manchas pequenas e localizadas até ao revestimento total do corpo.[1] Algumas lesões na pele podem espoletar alterações psoriáticas nesse local, processo que se denomina fenómeno de Koebner.[7]
Psoríase | |
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Placas da psoríase vulgar nas costas. | |
Especialidade | Dermatologia |
Sintomas | Manchas na pele avermelhadas, pruriginosas e escamosas.[1] |
Complicações | Artrite psoriática[2] |
Início habitual | Idade adulta[3] |
Duração | Crónica[2] |
Causas | Doença genética desencadeada por fatores ambientais[1] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas[2] |
Tratamento | Pomadas de corticosteroides, pomadas de vitamina D3, luz ultravioleta, medicamentos imunossupressores como o metotrexato[4] |
Frequência | 79,7 milhões (2015)[5] / 2–4%[6] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | L40 |
CID-9 | 696 |
CID-11 | 63698555 |
OMIM | 177900 |
DiseasesDB | 10895 |
MedlinePlus | 000434 |
eMedicine | derm/365 |
MeSH | D011565 |
Leia o aviso médico |
Existem cinco tipos principais de psoríase: em placas, gutata, inversa, pustulosa, e eritrodérmica.[4] A psoríase em placas, ou psoríase vulgar, corresponde a 90% dos casos. Manifesta-se geralmente através de manchas avermelhadas com escamas na superfície. As regiões do corpo mais frequentemente afetadas são as costas, os antebraços, tíbias, à volta do umbigo e o couro cabeludo.[2] A psoríase gutata apresenta lesões em forma de gota.[4] A psoríase pustulosa apresenta pequenas bolhas de pus não infeciosas.[8] Na psoríase inversa formam-se manchas avermelhadas nas pregas da pele.[4] A psoríase eritrodérmica ocorre quando o eritema se alastra pelo corpo e pode-se desenvolver a partir de qualquer um dos outros tipos. Na maior parte dos casos, a partir de determinado momento a doença afeta também as unhas das mãos e dos pés, incluindo corrosão da unha e alterações na cor.[2]
A psoríase não é contagiosa. O mecanismo subjacente envolve a reação exagerada do sistema imunitário às células da pele (queratinócitos).[2] Pensa-se que a psoríase seja uma doença genética desencadeada por fatores ambientais.[1] Os gémeos verdadeiros são três vezes mais suscetíveis de serem ambos afetados, quando comparados com gémeos falsos, o que sugere que os fatores genéticos predispõem a pessoa para a psoríase.[2] Os sintomas geralmente agravam-se durante o inverno e com determinados medicamentos, como betabloqueadores ou anti-inflamatórios não esteroides.[2] As infeções e o stress psicológico podem também ter um papel.[4][1] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sinais e sintomas.[2]
Não existe cura para a psoríase. No entanto, existem vários tratamentos que podem controlar os sintomas.[2] Estes tratamentos podem incluir pomadas corticosteroides, pomadas de vitamina D3, luz ultravioleta e medicamentos imunossupressores como o metotrexato.[4] Cerca de 75% dos casos podem ser controlados apenas com o uso de pomadas.[2] A doença afeta entre 2 e 4% da população.[6] Homens e mulheres são afetados com igual frequência.[4] A doença pode ter início em qualquer idade.[9] A psoríase está associada a um maior risco de desenvolver artrite psoriática, linfomas, doenças cardiovasculares, doença de Crohn e depressão.[2] A artrite psoriática afeta 30% das pessoas com psoríase.[8]