Crise sanitária no Brasil em 2021
detalhes da falta de equipamentos hospitalares e insumos causados por políticas erradas e a pandemia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Uma crise sanitária foi desencadeada no ano de 2021 quando o sistema de saúde começou a sucumbir diante do agravamento da pandemia de COVID-19 no Brasil.[1][2][3] Desde o início da pandemia, em 25 de fevereiro de 2020, o país não mostrou capacidade de combater o desafio e fracassou em várias frentes, tais como: preparação, testagem e vacinação.[4][5][6] Manaus foi a primeira capital que enfrentou um colapso hospitalar e funerário. Em abril de 2020, os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) operaram na capacidade máxima, os necrotérios não suportaram o aumento da demanda e os cemitérios públicos começaram a abrir valas comuns.[7][8][9]
Em 2021, a crise se agravou significativamente. Manaus sofreu um segundo colapso, que afetou o estado do Amazonas e algumas cidades do Pará.[10][11][12] No âmbito nacional, a situação começou a se deteriorar no mês de março. Os boletins da Fundação Oswaldo Cruz indicaram que 24 estados e o Distrito Federal estavam com a taxa de ocupação de leitos de UTI elevada.[13] No mesmo período, o país registrou inúmeros recordes de mortes causadas pela doença.[14] Dentre os principais fatores que resultaram no agravamento da crise, estão as novas cepas do SARS-CoV-2[15] e a crise política.[16] No ínterim, as atitudes do presidente Jair Bolsonaro foram amplamente criticadas por seu viés negacionista,[17][18][19] uma vez que promoveram a inobservância das normas sanitárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde,[17] o que provocou conflitos com governadores[20][21] e uma crise militar.[22][23]
Por causa do descontrole da expansão do vírus e pelo surgimento de novas cepas, o Brasil foi classificado como "ameaça à saúde pública global" por especialistas, governos e periódicos internacionais.[24][25] Tais fatos levaram o Senado Federal instalar a CPI da COVID-19 para apuração de responsabilidade pelo colapso sanitário de Manaus e desvios de recursos federais destinados a combate da Covid-19.