Compagnie Générale Transatlantique
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A Compagnie Générale Transatlantique, apelidada de Transat e conhecida no exterior como French Line, foi uma empresa francesa de transporte marítimo que operou desde a metade do século XIX até a segunda metade do século XX. Fundada em 1855 pelos irmãos Émile e Isaac Péreire sob o nome de Compagnie Générale Maritime, ela inicialmente ficou responsável pelo transporte de correio para a América do Norte até começar a investir no transporte de passageiros por volta da década de 1880.
Compagnie Générale Transatlantique | |
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Nome(s) anterior(es) | Compagnie Générale Maritime (1855–1861) |
Atividade | Transporte marítimo |
Fundação | 24 de fevereiro de 1855 |
Fundador(es) | Émile Péreire Isaac Péreire |
Destino | Fundida com a Compagnie des Messageries Maritimes |
Encerramento | 23 de fevereiro de 1977 |
Sede | Paris, Ilha de França, França |
Sucessora(s) | Compagnie Générale Maritime |
A empresa ganhou importância entre as décadas de 1910 e 1930 pelas ações de seus presidentes Jules Charles-Roux e John Dal Piaz, que investiram em navios transatlânticos de prestígio como o SS Paris, o SS Île de France e especialmente o SS Normandie. A Segunda Guerra Mundial fragilizou a empresa, que perdeu muitas embarcações, retomando importância internacional apenas em 1962 com o SS France, porém sofreu com concorrência do transporte aéreo e acabou retirado do serviço em 1974. A companhia se fundiu alguns anos depois com a Compagnie des Messageries Maritimes para poder formar uma nova Compagnie Générale Maritime, que anos depois foi comprada pela Compagnie Maritime d'Affrètement e virou a CMA CGM.
A Transat não se limitava apenas às rotas entre a Europa e a América do Norte, também oferecendo linhas para a América Central. Além disso, empresa passou a oferecer a partir do começo do século XX cruzeiros entre Marselha e Argel, criando da década de 1920 em diante novos circuitos pelo norte da África. A Transat se envolveu brevemente com aviação na década de 1930 com a Air France Transatlantique, porém isto logo acabou em 1945. Além disso, a companhia desenvolveu um serviço de transporte de carga que cresceu continuamente até ocupar uma parte considerável de suas atividades.
Os navios da Transat eram muitas vezes obras simbólicas de seu tempo, destinados a transmitir uma imagem da França para o exterior. Da mesma forma, a qualidade dos serviços de bordo, principalmente das refeições e das bebidas, era feita com ênfase para uma clientela rica, especialmente norte-americanos ricos durante o período da Lei Seca. Mesmo anos depois do fim da empresa, seu legado continua a atrair colecionadores interessados em artefatos de suas embarcações, que são exibidos por meio de exposições e associações que buscam preservar documentos e objetos relacionados à memória da Transat.