As Portas da Percepção
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As Portas da Percepção, no original em inglês The Doors of Perception, é uma autobiografia escrita por Aldous Huxley. Publicada em 1954, discorre sobre sua experiência psicodélica sob o efeito da mescalina em maio de 1953. Huxley relembra os insights que experimentou, desde a "visão puramente estética" até a "visão sacramental",[1] e reflete sobre suas implicações filosóficas e psicológicas. Em 1956, publicou Heaven and Hell, outro ensaio em que aprofunda essas reflexões. As duas obras têm sido muitas vezes publicadas juntas em edições e traduções posteriores; o título de ambos advém do poema The Marriage of Heaven and Hell (1973), de William Blake.[2]
The Doors of Perception | |
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As Portas da Percepção | |
Capa da primeira edição | |
Autor(es) | Aldous Huxley |
Idioma | Inglês |
País | Reino Unido |
Assunto | Filosofia, Alucinógenos, Mescalina, Visões |
Editora | Chatto & Windus |
Lançamento | 1954 |
Páginas | 63 |
ISBN | 0-06-059518-3 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Jorge Beleza |
Editora | Via Óptima |
Lançamento | 2005 |
Páginas | 157 |
ISBN | 972-936021-9 |
Edição brasileira | |
Tradução | Oswaldo de Araújo Souza |
Editora | Civilização Brasileira |
Lançamento | 1957 |
Páginas | 172 |
A obra provocou reações controversas por suas considerações acerca do uso de drogas psicodélicas como caminho para a abertura mística com grandes benefícios potenciais para a ciência, arte e religião. Enquanto muitos acharam o argumento convincente, outros, incluindo o escritor Thomas Mann, o monge vedântico Swami Prabhavananda, o filósofo Martin Buber e o pesquisador Robert Charles Zaehner, rebateram que os efeitos da mescalina são subjetivos e não devem ser confundidos com o misticismo religioso objetivo. O próprio Huxley continuou a tomar psicodélicos pelo resto de sua vida, assunto que retornou em seu romance Island, de 1962.