Vlad, o Empalador
voivoda da Valáquia (1448–1476) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Vlad III (Sighișoara, 7 de dezembro de 1431 – Bucareste, 14 de dezembro de 1476), conhecido como Vlad Drácula/Drakul (em romeno: Vlad Drăculea, AFI: /ˈdrəkule̯a/),[nota 1] Vlad, o Empalador (em romeno: Vlad Țepeș, AFI: /ˈvlad ˈt͡sepeʃ/) foi um voivoda (príncipe) da Valáquia em 1448, de 1456 a 1462 e em 1476.[2] Era o segundo filho de Vlad II, que foi voivoda da Valáquia de 1436 a 1442 e de 1443 a 1447. Vlad e o seu irmão mais novo Radu foram reféns do Império Otomano em 1442, como garantia a lealdade do pai. Este e o irmão mais velho de Vlad, Mircea, foram assassinados na sequência da invasão da Valáquia em 1447 por João Corvino, regente-governador da Hungria. Corvino nomeou como novo voivoda da Valáquia o primo em segundo grau de Vlad, Ladislau II.
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Vlad III • Vlad Țepeș | |
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Príncipe da Valáquia | |
Pintura a óleo de Vlad Țepeș no Palácio de Ambras, Áustria, datada de 1560, que alegadamente é uma cópia de um original pintado em vida | |
Reinado | 1448 |
Predecessor(a) | Ladislau II |
Sucessor(a) | Ladislau II |
Reinado | 1456–1462 |
Predecessor(a) | Ladislau II |
Sucessor(a) | Radu, o Belo |
Reinado | 1476 |
Predecessor(a) | Bassarabe III |
Sucessor(a) | Bassarabe III |
Nascimento | 7 de dezembro de 1431 |
Sighișoara, Transilvânia | |
Morte | 14 de dezembro de 1476 (45 anos) |
Bucareste, Valáquia | |
desconhecida Ilona Szilágyi | |
Casa | Drăculești |
Pai | Vlad II Dracul |
Mãe | Eupráxia da Moldávia (?) |
Filho(s) | Mihnea, o Mau |
Assinatura |
Corvino lançou uma campanha militar contra os otomanos, no outono de 1448, e Ladislau o acompanhou. Vlad invadiu a Valáquia com apoio otomano em outubro, mas Ladislau retornou e Vlad se refugiou no Império Otomano até o final do ano. Ele retornou à Moldávia em 1449 ou 1450 e depois para a Hungria. Invadiu a Valáquia com apoio húngaro em 1456, onde lutou com Ladislau e o matou. Vlad então começou a expurgar todos os boiardos da Valáquia para fortalecer sua posição. Logo ele entrou em conflito com o saxões da Transilvânia, que apoiavam seus oponentes: Dan Danicul e Bassarabe Laiotă, irmãos de Ladislau, e o meio irmão ilegítimo de Vlad: Vlad, o Monge. Vlad atacou e saqueou vilas saxãs, levando cativos para a Valáquia, onde os empalou.
A paz foi restaurada na região em 1460. O sultão otomano, Maomé II, o Conquistador, ordenou a Vlad que lhe pagasse tributos, mas Vlad capturou e empalou os emissários do sultão. Em fevereiro de 1462, invadiu território otomano, massacrando milhares de turcos e búlgaros. Maomé II se lançou contra a Valáquia para substituir Vlad por seu irmão mais novo, Radu. Vlad então tentou capturar o sultão uma noite em Târgoviște, no mesmo ano, mas o sultão e muitos comandantes de seu exército partiram da Valáquia, enquanto vários cidadãos passaram a apoiar Radu para o trono. Vlad buscou auxílio na Transilvânia com Matias Corvino, rei da Hungria, no final de 1462, mas Matias o aprisionou.[3]
Vlad foi mantido em cativeiro em Visegrado 1463 a 1475. Foi neste período que episódios da sua crueldade começaram a circular pela Alemanha e pela Itália. Foi libertado a pedido de Estêvão III da Moldávia no verão de 1475. Lutou no exército de Matias contra os otomanos na Bósnia, no começo de 1476. Tropas húngaras e búlgaras o auxiliaram a forçar Bassarabe Laiotă, que tirou Radu do poder, a fugir da Valáquia em novembro. Bassarabe ainda retornaria com apoio otomano antes do final do ano, mas ele foi assassinado por Vlad em janeiro de 1477. Livros descrevendo os atos cruéis de Vlad se tornaram famosos em todos os territórios de fala germânica.
Na Rússia, histórias populares sugerem que Vlad somente era capaz de fortalecer o governo através de brutais punições a inimigos e uma visão semelhante foi adotada sobre ele por historiadores romenos do século XIX.[4] Sua fama de crueldade e brutalidade serviu de inspiração para o famoso vampiro do livro de Bram Stoker, de 1897, Drácula.[3] Historicamente, Vlad é lembrado por sua luta contra o expansionismo do islão na Europa Oriental, servindo à Igreja Ortodoxa, marcado pela crueldade para com os inimigos.[5] Mesmo com a fama brutal que acompanha seu nome, ele é ainda considerado um herói nacional na Romênia e na Moldávia.[3] Construiu diversos mosteiros em seu reinado, mas morreu tentando reconquistar o trono da Valáquia dois anos depois de ser libertado do cativeiro húngaro.[3]