Ustaše
Organização fascista, terrorista e ultranacionalista croata (1929-1945) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os ustaše (pronunciado [ûstaʃe]), também conhecido como ustashe, ustashas, e ustashi, eram membros da Ustaša – Movimento Revolucionário Croata (croata: Ustaša – Hrvatski revolucionarni pokret), uma organização paramilitar terrorista croata nazista,[2][3] ativa, na sua forma original, entre 1929 e 1945. Seus membros assassinaram milhares de sérvios, judeus,[4] ciganos, bem como dissidentes políticos do regime e defensores da Iugoslávia durante a Segunda Guerra Mundial.[5][6]
Ustasha Ustaša | |
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Líder | Poglavnik Ante Pavelić |
Fundação | 7 de janeiro de 1929 |
Dissolução | 1945 |
Sede | Turim (até 1941) Zagreb (1941-1945) |
Ideologia | Ultranacionalismo croata Fascismo clerical Irredentismo Corporativismo Nazismo Anti-Sérvia Antissemitismo Terrorismo |
Espectro político | Extrema-direita[1] |
Religião | Catolicismo Romano e Islão |
Publicação | Hrvatski Domobran |
Braço paralimitar | Milícia Ustasha |
Sucessor | Extinto |
Membros | 100 000 (1941) |
País | Reino da Iugoslávia Estado Independente da Croácia |
Afiliação internacional | Eixo |
Cores | Azul Branco Vermelho Preto |
Slogan | "Za dom spremni!" (Pela pátria - pronto!) |
A ideologia do movimento foi uma mistura de fascismo, nazismo e racismo religioso croata. Os ustaše apoiavam a criação de uma Grande Croácia que abrangeria o rio Drina e se estenderia até ao limite de Belgrado.[7] O movimento enfatizou a necessidade de uma Croácia racialmente "pura" e promoveu genocídio contra os sérvios, judeus e ciganos, e perseguiu antifascistas ou dissidentes croatas e bósnios. Os ustaše viam os bósnios como "croatas islâmicos", pelo que não os perseguiram.
Os ustaše abraçaram o catolicismo e o islamismo como religiões dos croatas e bósnios e condenaram o cristianismo ortodoxo, a principal religião dos sérvios, gregos e romenos. O catolicismo romano foi identificado com o clerifascismo croata,[8]enquanto o islã, que tinha um grande número de fiéis na Bósnia e Herzegovina, foi protegido e elogiado pelos ustaše como a religião que supostamente "manteve o verdadeiro sangue dos croatas".[9] Quando foi fundada, em 1930,[10] como Ustaša –Organização Revolucionária Croata (croata: Ustaša – Hrvatska revolucionarna organizacija), era uma organização nazista que procurava criar um Estado croata independente. Quando os ustaše chegaram ao poder no Estado Independente da Croácia, a Itália fascista e a Alemanha Nazista estabeleceram um quase protetorado durante a Segunda Guerra Mundial. As suas forças militares tornaram-se o exército do Estado Independente da Croácia e a milícia ustaše (croata: Ustaška vojnica).
O movimento funcionava como organização terrorista antes da Segunda Guerra Mundial mas, em abril de 1941, foi nomeado para governar uma parte da Iugoslávia ocupada pelo Eixo, o Estado Independente da Croácia (NDH), que tem sido descrito como um quase protetorado ítalo-alemão,[11] e como estado-fantoche[12][13][14] da Alemanha Nazista.[15][16]
O NDH colaborou com as forças de ocupação italianas e alemãs na Iugoslávia, na luta contra uma campanha cada vez mais fraca contra as forças de resistência, os partisans iugoslavos, que foram reconhecidos no final de novembro de 1943 como militares do Estado iugoslavo aliado. Como o exército alemão retirou-se da Iugoslávia, em 1944-1945, os Ustaše organizaram um êxodo do país.