Tropicália
movimento cultural brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Tropicália, tropicalismo ou movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro da segunda metade da década de 1960. Embora a música fosse sua expressão principal, a Tropicália envolveu outras formas de arte como cinema, teatro e poesia.
Tropicália | |
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Caetano Veloso no III Festival da Música Popular Brasileira, 1967. | |
Origens estilísticas | MPB, rock, samba, baião, rock psicodélico, iê-iê-iê |
Contexto cultural | 1967 - 1969 |
Instrumentos típicos | guitarra elétrica, violão, violino, berimbau, cuíca |
Formas regionais | |
Sudeste do Brasil | |
Outros tópicos | |
Bossa Nova, Jovem Guarda, Música popular brasileira |
Uma das marcas principais do tropicalismo foram suas inovações estéticas radicais, que mesclavam elementos de manifestações tradicionais da cultura do Brasil – notadamente a união do popular e da vanguarda, bem como a fusão da tradição brasileira – com tendências estrangeiras da época.[1] Esses objetivos comportamentais encontraram eco em boa parte da sociedade brasileira sob a ditadura militar no final da década de 1960.
Musicalmente, a Tropicália representou uma renovação no cenário musical brasileiro ao fundir gêneros como o baião, o caipira, o pop e o rock.[2] Essas experimentações culminaram no lançamento do célebre LP Tropicalia ou Panis et Circencis, em 1968, com a participação dos representantes tropicalistas Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes e Tom Zé.[3]
Em outros campos artísticos, a Tropicália influenciou os trabalhos de artistas como Hélio Oiticica nas artes plásticas, de Glauber Rocha no Cinema novo, e José Celso Martinez Corrêa no teatro brasileiro. O movimento, contudo, chegou ao fim com as detenções de Gil e Veloso e, posteriormente, com o exílio dos músicos baianos por quase três anos.[4]