Tricomoníase
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Tricomoníase é uma infeção causada pelo parasita Trichomonas vaginalis.[2] Cerca de 70% das mulheres e homens não manifestam sintomas quando são infetados.[2] Nos casos em que se manifestam sintomas, geralmente só têm início de 5 a 28 dias após a exposição ao parasita.[1] Entre os sintomas mais comuns estão prurido nos órgãos genitais, corrimento vaginal com mau odor, ardor ao urinar e dor durante as relações sexuais.[1][2] A tricomoníase aumenta o risco de contrair VIH/SIDA e pode causar complicações durante a gravidez.[1]
Tricomoníase | |
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Micrografia do parasita Trichomonas vaginalis | |
Especialidade | Ginecologia |
Sintomas | Prurido na região genital, corrimento vaginal com mau odor, ardor ao urinar, dor durante as relações sexuais[1][2] |
Início habitual | 5 a 28 dias após exposição[1] |
Causas | Trichomonas vaginalis (geralmente transmitido por via sexual)[2][1] |
Método de diagnóstico | Detecção do parasita no fluido vaginal, cultura microbiológica, detecção do ADN do parasita[1] |
Prevenção | Abstinência sexual, preservativo, evitar duches vaginais[1] |
Medicação | Antibióticos (metronidazol ou tinidazol)[1] |
Frequência | 122 milhões (2015)[3] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A59, A59.9 |
CID-9 | 131.9, 131, 131.8 |
CID-11 | 1220564554 |
DiseasesDB | 13334 |
MedlinePlus | 001331 |
eMedicine | 230617 |
MeSH | D014245 |
Leia o aviso médico |
A tricomoníase é uma infeção sexualmente transmissível (IST) que é geralmente transmitida através de sexo vaginal, oral ou anal.[1] Pode também ser transmitida pelo contacto entre órgãos genitais.[1] As pessoas infetadas são capazes de transmitir a doença mesmo quando não manifestam sintomas.[2] O diagnóstico é confirmado pela detecção do parasita no corrimento vaginal através de observação ao microscópio, cultura microbiológica da vagina ou da urina, ou pela detecção do ADN do parasita.[1] Podem ainda ser realizados exames complementares para detecção de outras IST.[1]
Entre os métodos de prevenção estão a abstinência sexual, a utilização de preservativo, evitar duches vaginais e procurar tratamento para infeções sexualmente transmissíveis antes de aceitar um novo parceiro sexual.[1] A tricomoníase pode ser curada com antibióticos como o metronidazol ou o tinidazol.[1] Os parceiros sexuais devem ser igualmente tratados.[1] Cerca de 20% das pessoas contraem uma nova infeção nos três meses posteriores ao tratamento.[2]
Em 2015 ocorreram cerca de 122 milhões de novos casos de tricomoníase em todo o mundo.[3] A doença é mais comum entre mulheres do que entre homens.[1] O parasita Trichomonas vaginalis foi identificado pela primeira vez em 1836 pelo bacteriologista francês Alfred Donné,[4] mas só em 1916 é que foi reconhecido como o agente causador da doença.[5]