Trepanação
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A trepanação do crânio é um tipo de cirurgia na qual são feitos furos no crânio, usando-se um trépano[1](do grego τρύπανον, transl. trúpanon: verruma, broca[2] ) para descobrir a dura-máter, a fim de tratar estenose ou hipertensão intracraniana.
Em tempos antigos, essa técnica era aplicada a pessoas cujo comportamento era considerado anormal, com o objetivo de remover o que se acreditava serem espíritos malignos. Acreditava-se que, com a trepanação, esses espíritos sairiam do corpo, mesmo que, muitas vezes, causando a morte do paciente.[3][4] Já foram encontrados vestígios de trepanação em restos humanos do período Neolítico (10 000 a.C.).[5] Pinturas rupestres sugerem que havia uma crença comum que os orifícios pudessem curar convulsões epiléticas, enxaquecas e distúrbios mentais, além de ser um procedimento cirúrgico de emergência para tratar lesões no crânio.[6] Tradicionalmente, os ossos perfurados eram usados como amuletos para afastar maus espíritos.
Na medicina moderna, a trepanação consiste na abertura de um ou mais furos no crânio, com o uso de um trépano ou broca neurocirúrgica. No caso de um único furo, a trepanação visa criar uma abertura por onde se possa drenar um hematoma intracraniano ou inserir um catéter cerebral.[carece de fontes?]
Em uma craniotomia, várias trepanações são feitas para criar os vértices de um polígono ósseo que será retirado do crânio. Com o auxílio de uma serra neurocirúrgica, uma linha ligando cada vértice é serrada e o polígono (flap) ósseo do crânio é retirado, liberando o neurocirurgião para abordar a massa encefálica.[carece de fontes?]