Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (formalmente Tratado entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas sobre a Eliminação dos seus Mísseis de Alcance Intermediário e de Menor Alcance), também conhecido como Tratado INF (do inglês: Intermediate-Range Nuclear Forces) foi um tratado internacional sobre controle de armas nucleares entre os Estados Unidos e a União Soviética assinado na cidade de Washington, D.C., em 8 de dezembro de 1987. Firmaram o tratado pelos EUA o então presidente estadunidense, Ronald Reagan, e, pela URSS, o então secretário-geral do Partido Comunista da URSS, Mikhail Gorbachev.[1] Ratificado pelo Congresso dos Estados Unidos em 27 de Maio do ano seguinte, o mesmo entrou em vigor em 1 de Junho de 1988.[1][2]
Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas | |
---|---|
Mikhail Gorbachev e Ronald Reagan assinam o Tratado INF. | |
Tipo | Desarmamento nuclear |
Local de assinatura | Casa Branca, Washington, D.C. Estados Unidos |
Signatário(a)(s) | Estados Unidos: Ronald Reagan (Presidente dos Estados Unidos)
União Soviética: Mikhail Gorbachev (Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética) |
Partes | Estados Unidos e União Soviética |
Assinado | 8 de dezembro de 1987 |
Ratificação | Ratificado pela União Soviética e pelo Congresso dos Estados Unidos |
Em vigor | 1 de junho de 1988 |
Expiração | 1 de fevereiro de 2019 |
Publicação | |
Língua(s) | Inglês e russo |
O acordo previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 1 000 km (para os mísseis balísticos de curto alcance) e 1 000 a 5 500 km (para os mísseis balísticos de médio alcance e para mísseis balísticos de alcance intermediário). O tratado não se aplicava a mísseis lançados por via aérea ou marinha.[3][1] Até a data-limite de 1 de Junho de 1991, prevista no tratado, 2 692 mísseis foram destruídos — 846 por parte dos Estados Unidos e 1 846 por parte da União Soviética. O acordo permitia a qualquer das partes inspecionar as instalações militares da outra.[4]
Contudo, em 20 de outubro de 2018 os Estados Unidos anunciaram sua retirada do tratado. Segundo o presidente americano Donald Trump, os russos já estavam violando os termos do acordo há muitos anos. Esta decisão foi confirmada em 1 de fevereiro de 2019, quando os EUA, seguidos pela Rússia, decidiram suspender o tratado por 6 meses.[5][6] Em 4 de março, o presidente russo Vladimir Putin, em um ato de retaliação, suspendeu oficialmente a participação do país no tratado.[7] Os EUA retiraram-se formalmente do tratado em 2 de agosto de 2019.[8]