Thérèse Raquin
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Thérèse Raquin (1867), romance do escritor francês Émile Zola, é considerada a obra inaugural do naturalismo literário. Ao ser publicada, foi severamente repudiada pela crítica literária especializada. Segundo um dos críticos:[1]
- Estabeleceu-se há alguns anos uma escola monstruosa de romancistas, que pretende substituir a eloqüência da carnagem pela eloqüência da carne, que apela para as curiosidades mais cirúrgicas, que reúne pestíferos para nos fazer admirar as veias saltadas, que se inspira diretamente do cólera, seu mestre, e que faz sair pus da consciência. (…) Thérèse Raquin é o resíduo de todos esses horrores publicados precedentemente. Nele, escorrem todo o sangue e todas as infâmias… (Ferragus).
Thérèse Raquin | |
---|---|
Teresa Raquin (PT) Thérèse Raquin (BR) | |
Autor(es) | Émile Zola |
Idioma | Francês |
País | França |
Gênero | Romance naturalista |
Lançamento | 1867 |
Edição portuguesa | |
Tradução | João Gaspar Simões |
Editora | Arcádia |
Lançamento | 1964 |
Páginas | 280 |
Edição brasileira | |
Tradução | Joaquim Pereira Neto |
Editora | Estação Liberdade |
Lançamento | 2001 |
Páginas | 237 |
ISBN | 8574480444 |
Entretanto, o escândalo provocado por Thérèse Raquin entre os críticos trouxe um resultado inesperado: serviu de propaganda aos ideais naturalistas do romance, colocando a recém-nascida escola literária em voga. Sob esse pretexto, a obra obteve uma nova edição no ano seguinte, acompanhada por um prefácio, no qual Zola defende as máximas do naturalismo literário: a necessidade de realizar uma análise científica minuciosa da alma humana, sem idealizações morais. Dessa maneira (nas palavras do próprio Zola) cada capítulo constitui o estudo de um caso curioso de fisiologia