Territórios ocupados por Israel
territórios atualmente ocupados por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os territórios ocupados por Israel são áreas que foram capturadas por Israel à Jordânia, à Síria e ao Líbano durante a Guerra dos Seis Dias. Incluem:
- Territórios palestinos: são a Cisjordânia (West Bank), que inclui Jerusalém Oriental, e a Faixa de Gaza;[1]
- Território sírio: Colinas de Golã
- Território libanês: Fazendas de Shebaa
A Península do Sinai esteve entre os territórios ocupados até 1982, quando foi devolvida ao Egito, em cumprimento ao Tratado de paz israelo-egípcio de 1979. Também a Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egito e, em 1967, por Israel, tendo sido desocupada pelos israelenses, em 2005 — embora desde então permaneça bloqueada por Israel, tanto por mar como por terra e ar.
Em 2005, como parte do seu plano de retirada unilateral, Israel removeu todas as colônias judias existentes na Faixa de Gaza e quatro das estabelecidas na Cisjordânia. Todavia o governo israelense ainda controla o espaço aéreo e marítimo da Faixa de Gaza, além de regulamentar as viagens e o comércio do território palestino com o resto do mundo.[2] A Faixa de Gaza, densamente povoada, está sob controle do Hamas, partido majoritário no Conselho Legislativo da Palestina, cujo braço armado executou, desde os anos 1990, vários ataques contra alvos civis e militares israelenses.[3][4][5][6][7][8] Em 2008, três anos após a retirada dos colonos judeus de Gaza, Israel executou a Operação Chumbo Fundido, o mais devastador ataque militar ao território palestino.
Israel incorporou Golã e Jerusalém Oriental ao seu território, ali aplicando suas leis e oferecendo aos habitantes locais a cidadania israelense. As Colinas de Golã foram formalmente anexadas por Israel através da Lei das Colinas de Golã, em 1981.[9] O ato foi condenado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, através da sua Resolução 497.[10] Em 2008, uma sessão plenária da Assembleia Geral da ONU aprovou por 161 a 1 uma moção de apoio à resolução 497 do Conselho de Segurança.[10][11]
Em contraste, a Cisjordânia tem permanecido sob ocupação militar embora seja considerada pela comunidade internacional como parte do futuro Estado palestino. Sua população é constituída principalmente por árabes palestinos, incluindo os residentes históricos da região e os refugiados da Guerra árabe-israelense de 1948.[12] Desde a ocupação em 1967 até 1993, os palestinos da Cisjordânia estiveram sob a administração militar israelense. Desde que foram assinadas as cartas de reconhecimento entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina, a maioria da população palestina e suas cidades estão sob administração da Autoridade Palestina e sob controle militar israelense. Em diversas ocasiões, porém, Israel instaurou a plena administração militar. Após a Segunda Intifada, o governo israelense iniciou a construção do chamado "Muro da Cisjordânia",[13] que, segundo o relatório da organização de direitos humanos israelense B'Tselem avança sobre o território da Cisjordânia.[14]
A maioria das negociações relativas aos territórios ocupados baseia-se na Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, segundo a qual Israel deve retirar-se dessas áreas em troca da normalização das relações com países árabes, um princípio conhecido como Terra por paz.[15][16][17]
Analistas políticos destacam que a chave do conflito entre Israel e os palestinos não está somente na disputa de terras, mas de água.[18][19] Na Cisjordânia estão grande parte dos recursos hídricos que abastecem Israel.[20] Segundo os palestinos, um habitante de Israel usa, em média, três vezes mais água que um habitante da Cisjordânia. 73,5% dos recursos hídricos da Cisjordânia são desviados para Israel.[21][ligação inativa]