Termoclina
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Constante estudada em Oceanografia[1], a Termoclina[2] ou Metalímnio[3] é a camada ou estrato intermédia da coluna de água, situada abaixo do epilímnio e acima do hipolímnio, caracterizando-se por variações de temperatura que são tanto mais acentuadas, quanto maior for a profundidade. Com efeito, à medida que a profundidade aumenta, mais baixam as temperaturas das águas deste estrato. [4]
Em baixas e médias latitudes, abaixo da camada superficial dos oceanos, encontra-se uma camada com máximo decréscimo de temperatura por unidade de profundidade, sendo este gradiente brusco de temperatura denominado de termoclina. As regiões de alta latitude como as regiões polares não apresentam estratificação térmica, observando-se uma homotermia fria na coluna de água durante todo o ano, o que permite a fácil mistura entre as águas superficiais e as águas profundas.[5]
A termoclina separa as águas superficiais da camada de mistura das massas de água da zona profunda. Ocorre tipicamente entre 300 e 1000 metros abaixo da superfície.[carece de fontes?] A camada de mistura tem temperatura relativamente uniforme devido às correntes superficiais, ondas e marés. As águas profundas, mais frias e mais densas, se estendem abaixo da termoclina até o assoalho oceânico.[5][6]
Dependendo da latitude, estação do ano e turbulência causada pelo vento, termoclinas podem ter um caráter permanente no corpo de água ou podem ser temporárias, em resposta ao fenômeno de aquecimento da superfície do mar pela radiação solar e posterior resfriamento durante o ciclo nictemeral (dia e noite).[7]
A termoclina possui grande importância na distribuição dos organismos aquáticos funcionando como uma barreira para estes, uma vez que as mudanças de temperatura da água acarretam em alterações na densidade, viscosidade, pressão, solubilidade e oxigênio, que por sua vez podem influenciar na flutuabilidade, locomoção e respiração dos organismos.
Geralmente a termoclina coincide com a picnoclina, que é a camada do oceano em que a densidade aumenta rapidamente com o aumento da profundidade, pois a densidade da água é governada pela temperatura e salinidade. No oceano aberto, a termoclina também é caracterizada por possuir um gradiente negativo de velocidade do som, tornando-a importante em questões submarinas pois reflete sinais acústicos. Tecnicamente, esse efeito é resultado de uma descontinuidade na impedância acústica da água causada pela súbita mudança de densidade.[5]