Socialismo em um só país
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O "socialismo em um só país" foi uma tese desenvolvida por Nikolai Bukharin em 1925 e adotada como política estatal por Josef Stalin. A tese sustentou que dado a derrota de todas as revoluções comunistas na Europa (ver: Revoluções de 1917-23), exceto na Rússia, a própria União Soviética deveria começar a reforçar-se internamente.[1]
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A linha foi adotada pelo XIV Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em Dezembro de 1925 e, argumentavam que era necessário primeiro consolidar o socialismo na URSS para que, em longo prazo, esta tivesse força suficiente para sustentar a revolução mundial. Segundo esta visão, caso os soviéticos se engajassem num conflito de proporções globais antes de conseguir proteger-se e defender-se dos inimigos capitalistas e fascistas, o socialismo fracassaria. De acordo com essa tese, isto seria precisamente a maior contribuição da classe operária soviética à revolução mundial. Este argumento encontrou a oposição de Leon Trotsky com a sua teoria da revolução permanente,[2] que promulgava a revolução mundial como a única garantia da vitória do socialismo na Rússia, uma vez que, sendo um país atrasado, não seria capaz de cumprir as missões da revolução socialista, e a industrialização, não poderia resolver para fazer um contrapeso às potências ocidentais (ver: divergências entre Stalin e Trotsky).
Esta linha foi desenvolvida no contexto de um refluxo da luta das massas, principalmente na Europa Ocidental, onde a esquerda comunista acreditava numa iminente guerra contra o primeiro Estado socialista. Embora promovido, na altura, como uma ideologia da necessidade, não a opinião do núcleo, a teoria veio definir o curso da construção política dentro da União Soviética durante toda sua história.