Siglas poveiras
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As siglas poveiras ou marcas poveiras são uma forma de "proto-escrita primitiva", tratando-se de um sistema de comunicação visual simples usado na Póvoa de Varzim, Portugal, durante séculos, em especial pelas classes piscatórias. Para se escrever usava-se uma navalha, sendo gravadas sobre madeira, mas também poderiam ser pintadas, por exemplo, em barcos ou em barracos de praia.
Foram estudadas por diversos historiadores, de entre os quais se destacam António dos Santos Graça e Paulo de Sousa Pinto. As siglas têm uma possível origem viking e coincidem com o antigo alfabeto nórdico, as runas, tese que é promovida por antropólogos como o professor Octávio Lixa Felgueiras,[1] que refere haver indícios antropológicos de comunidades nórdicas que se terão fixado na região. É também sabido que pela Europa, outros povos utilizaram este tipo de escrita logográfica, conhecida como marcas de casa, visto facilitar a comunicação não-verbal e materializar uma maior sensação de pertença sobre os bens marcados.