Sexta-feira Negra (1978)
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Sexta-feira Negra, conhecida como "Black Friday" em inglês e em persa: como جمعه سیاه / Jome-ye Siaah) foi o dia 8 de setembro de 1978 (17 Shahrivar 1357, segundo o calendário persa) e os tiroteios perpetrados pelo exército iraniano contra os manifestantes presentes na Praça Zhaleh (ou Jaleh) Teerã, Irão. Para compreender a revolução iraniana, este acontecimento é incontornável. De fa(c)to, as mortes e a reação a elas têm sido descritas como o momento irreversível para o deflagrar da Revolução Iraniana, quando terminaram todas as hipóteses de compromisso entre os movimentos de protesto e o regime do xá Mohammad Reza Pahlevi, a queda do regime era inevitável, e levaram à fuga do monarca, quatro meses depois. Em 16 janeiro de 1979, o Xá fugiu, alegando férias para tratamentos médicos e em fevereiro começou o regime teocrata liderado por ayatollah Khomeini)[1] que se manteve após a sua morte em 1989, sendo substituído por Ali Khamenei. O Irã é formalmente desde 1979 uma república, mas quem exerce de fa(c)to o poder são os líderes supremos do clero, o presidente da república é uma figura quase decorativa.
Os acontecimentos daquele dia ganharam uma carga religiosa, pois sexta-feira é dia santo para os muçulmanos, e poucos dias antes (dia 4 de setembro, no calendário muçulmano Eid al-Fitr) havia terminado o Ramadão.