Segunda Guerra Civil da Costa do Marfim
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A Segunda Guerra Civil na Costa do Marfim[13][14] eclodiu em fevereiro de 2011 quando começaram os combates entre as forças leais ao presidente eleito e o governo de facto no oeste do país.[15][16]
Segunda Guerra Civil da Costa do Marfim | |||
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Crise na Costa do Marfim de 2010–2011 | |||
Mapa da ofensiva de Ouattara realizada em março de 2011. | |||
Data | fevereiro - 11 de abril de 2011 | ||
Local | Costa do Marfim | ||
Desfecho | Vitória das forças de Ouattara Queda e captura de Gbagbo | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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1.500[9] – 3.000[10] mortos e 100 desaparecidos,[11] um milhão fugiram desde as contestadas eleições.[12] |
O conflito armado ocorreu devido à escalada de violência com a crise política causada pela recusa do presidente derrotado Laurent Gbagbo em aceitar a vitória do líder da oposição Alassane Ouattara por uma estreita margem no segundo turno das eleições presidenciais em 28 de Novembro de 2010. Gbagbo contava com a lealdade das forças armadas para permanecer no poder, mas com uma forte rejeição por parte dos cidadãos e da comunidade internacional.
Depois de ficar claro as posições de ambos os lados, toda a comunidade internacional (notavelmente a União Europeia, Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) se posicionou favorável aos resultados proclamados pela Comissão Eleitoral que deram Ouattara como o vencedor nas eleições.[17]
Depois de meses de negociações infrutíferas e de violência esporádica entre partidários de ambos os lados, protestos reprimidos pelo exército e pela polícia e ataques a adversários políticos entre os diferentes lados, a crise tornou-se uma guerra civil quando as milícias de Ouattara tomaram o controle do norte do país em março de 2011 e Gbagbo entrincheirou-se na antiga capital e maior cidade, Abidjã.
As organizações internacionais relataram inúmeros casos de violações dos direitos humanos por ambos os lados, particularmente na cidade de Duékoué, onde em 29 de março, pelo menos 800 pessoas foram massacradas por militantes dos dois lados.[18] Embora as tropas rebeldes avançassem ao sul, tomando a nova capital de Iamussucro em 30 de março sem resistência,[19] as forças da ONU e da França deram apoio militar às forças do mandatário eleito.[20]
No dia seguinte, as milícias de Ouattara entraram em Abidjã produzindo uma terrível batalha na cidade, cerca de 2.000 a 3.000 rebeldes entraram nela embora o presidente eleito declarou toque de recolher por três dias.[21] Enquanto as tropas internacionais intervieram especialmente nos combates pela cidade, Gbagbo havia deixado apenas uma pequena fração de suas forças, a maioria de sua guarda pessoal e jovens militantes, muitos dos seus oficiais haviam desertado passando ao lado inimigo ou fugido do país.[2]
A batalha de Abidjã foi encerrada com a captura de Gbagbo em sua residência em 11 de abril oficialmente terminando também a guerra civil.[22]