Securitização (relações internacionais)
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Securitização em relações internacionais é o processo pelo qual atores do estado transformam algum assunto em matéria de "segurança": uma versão extrema de politização que permite a o uso de meios extraordinários em nome da segurança.[1] As questões que se tornam securitizadas não representam, necessariamente, questões essenciais para a sobrevivência objetiva de um estado, mas em verdade representam problemas nos quais alguém foi bem sucedido na construção de um problema em um problema existencial.
Teóricos da securitização afirmam que assuntos securitizados com sucesso recebem quantidades desproporcionais de atenção e recursos, em comparação com assuntos não securitizados que causam mais danos humanos. Um exemplo comum usado por teóricos é o do terrorismo, tido como uma prioridade nas discussões sobre segurança, mesmo que as pessoas estejam muito mais propensas a serem mortas por automóveis ou doenças evitáveis do que por terrorismo.
Estudos de securitização buscam entender "quem securitiza (ator da securitização), quais questões (threats), de quem (objeto referente), por quê, com quais resultados e, não menos importante, sob quais condições".[2]