Ruy Blas
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Ruy Blas é um drama em cinco atos, de Victor Hugo. Foi encenado pela primeira vez pela companhia do Teatro da Renascença na sala Ventadour, em 8 de novembro de 1838.
Em sua autobiografia, o autor indica, como fontes de informação para a peça, as Mémoires de la cour d'Espagne (1690) e Relation du voyage d'Espagne (1691) de Madame d'Aulnoy, Solo Madrid es corte (1675), de Alonso Nuñez de Castro e État présent d'Espagne (1718) de Jean de Vayrac.
Victor Hugo diz que começou a escrever a peça em julho de 1838. Alguns críticos apontaram semelhanças entre Ruy Blas e obras anteriores, especialmente The Lady of Lyons (A senhora de Lyon), de Edward Bulwer-Lytton, encenada pela primeira vez em 14 de fevereiro de 1838. O assunto gerou certa controvérsia.[1] A ideia de um personagem plebeu a cortejar uma dama aristocrática também havia sido utilizada por Molière, em chave cômica, na peça Les Précieuses ridicules (As preciosas ridículas). Victor Hugo parece também ter usado elementos de La Reine d'Espagne (1831) de Henri de Latouche, que, por sua vez, inspirou-se nas memórias de Madame d'Aulnoye, uma das fontes citadas por Hugo. Há também referência, como uma das fontes de inspiração de Victor Hugo, à biografia da pintora suíça Angelika Kauffmann do século XVIII, que se casou com um falso aristocrata sueco, o qual se apresentara a ela como Conde de Horn. A história de Angelika foi posteriormente romanceada por Léon de Wailly, também no ano de 1838.[2][3]