Rodion Românovitch Raskólnikov
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Rodion Românovitch Raskólnikov (original em russo: Родион Романович Раскольников) é o personagem principal do livro Crime e Castigo de Dostoiévski, publicado em 1866. Ele também é referido no romance pelo dimunutivo de seu primeiro nome, Ródia ou Rodka. O nome Raskólnikov, o mais usado na narrativa, provém da palavra raskolnik que significa "cisão" ou "cisma", caracterizando o personagem como cindido e atormentado. Raskolnikóv é um jovem ex-estudante vivendo em extrema miséria na cidade de São Petersburgo, Rússia. Muitos dos outros personagens o consideram muito inteligente, e o próprio Raskólnikov às vezes se considera um gênio. Ele mora em um pequeno quarto alugado, que, alega ele, agrava a sua depressão. Dorme em um divã, usando roupas velhas como travesseiro e não come muito, somente quando Nastácia (criada da senhoria do prédio) trazia-lhe algo, ou nas raras situaçoes em que Rodka saia pra comer em bodegas e tavernas.
Rodion Românovitch Raskólnikov | |
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Personagem de Crime e Castigo | |
Informações gerais | |
Criado por | Fiódor Dostoiévski |
Informações pessoais | |
Pseudônimos | Ródia, Rodka |
Características físicas | |
Sexo | Masculino |
Abalado tanto emocional quanto financeiramente, também tem grandes dificuldades sociais e é frequentemente neurótico com pequenas coisas, como multidões. Raskólnikov flutua entre os extremos do altruísmo e da apatia. Dostoiévski o descreve como possuidor de "delicadas feições".
Ele mata uma velha usurária a machadadas, com a intenção de usar o seu dinheiro para boas causas, baseado numa teoria que ele mesmo desenvolveu. Raskólnikov acreditava que as pessoas estavam divididas entre "ordinárias" e "extraordinárias": as ordinárias deviam viver na obediência e não tinham o direito de transgredir as leis, ao passo de que as extraordinárias (notadamente Napoleão) tinham o direito, não declarado, de cometer crimes e de violar leis, desde que suas intenções, se fossem úteis à humanidade como um todo, o exigirem. Ele pensou sobre sua própria teoria por meses, até mesmo escrevendo um artigo em um jornal de uma universidade sobre o assunto. Ele acredita ser uma dessas pessoas extraordinárias e se permite cometer o crime. Seu plano, porém, falha: atormentado pela angústia do homicídio, Raskólnikov começa a ceder à tentação de confessar-se, traçando os primeiros passos rumo à loucura expiatória.
Sua crença de que é um homem extraordinário se extingue, e ele acaba por confessar o crime a uma prostituta, Sónia Siemionovna Marmiéladova, que o orienta a se entregar e admitir o crime. Raskólnikov, então, é condenado ao exílio na Sibéria, acompanhado por Sónia, onde começa sua reabilitação mental e espiritual.
Esta personagem demonstra a tendência existencialista de Dostoiévski, uma vez que é a personagem que define a sua vivência, o seu futuro, optando por abandonar a sua teoria e optar por uma via espiritual, o refúgio na Religião Cristã Ortodoxa.