Ricina
composto químico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A ricina é uma proteína presente nas sementes da mamona (Ricinus communis L.), considerada uma das mais potentes toxinas de origem vegetal conhecida. Essa proteína é classificada dentro de um grupo especial de proteínas denominadas RIPs (do inglês Ribosome-Inactivating-Proteins), ou proteínas inativadoras de ribossomos. As proteínas desse grupo são capazes de entrar nas células e se ligar a ribossomos, paralisando a síntese de proteínas e causando morte da célula. Uma semente de mamona contém ricina suficiente para levar uma criança à morte.[1]
A ricina não é uma proteína encontrada exclusivamente no endosperma das sementes de mamona, sendo detectada em outras partes da planta, porém, em menores quantidades. A concentração dessa proteína na semente pode variar entre diferentes genótipos, tendo sido detectados teores de 1,5 a 9,7 mg/g em 18 acessos de um banco de germoplasma dos Estados Unidos (EUA).
Ela é a principal responsável pela toxicidade da torta de mamona e está entre as proteínas de maior toxicidade conhecida pelo homem. Trata-se de uma proteína com duas subunidades de aproximadamente 34 kDa que biologicamente possuem diferentes funções.
A ricina se classifica como uma lectina, ou seja, uma proteína que tem um sítio receptor específico para um açúcar ou uma unidade de oligossacarídeo; pertence à família das lectinas A-B, isto é, composta por duas subunidades, uma delas com atividade enzimática e a outra com um sítio de ligação específica ao açúcar galactose, exercendo seu mecanismo de toxicidade através da inativação dos ribossomas.