Repente
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Repente (conhecido também como Cantoria) é uma arte brasileira baseada no improviso cantado, alternado por dois cantores, daí o nome repente. O Repente na Cantoria de viola é desenvolvido por dois cantores acompanhados por violas (comumente a viola dinâmica de 10 cordas) na afinação nordestina. Especialmente forte no nordeste brasileiro, é baseado no canto alternado que se dá em forma de improviso poético – a criação de versos "de repente".[1] A origem do repentista brasileiro tem suas raízes na divisa entre Paraíba e Pernambuco na região de Teixeira, na Paraíba e Rio Pajeú em Pernambuco no século XIX.
O repente possui diversos modelos de métrica, predominando os versos heptassílabos e decassílabos. A rima usada é a rima perfeita. Há dezenas de modalidades do repente, entre elas a sextilha, gabinete, o martelo agalopado e o galope à beira-mar.
]] Quando o instrumento usado é o pandeiro, o gênero artístico é denominado coco de embolada, o ritmo é mais rápido e não necessariamente deve predominar o improviso. A embolada mescla improvisos e estrofes preexistentes. Há também o aboio[1] que pode ser improvisado, mas não obrigatoriamente, e a glosa, que é o improviso declamado. Todos esses gêneros artísticos nordestinos se baseiam em métrica, rima e oração poética. O extremo rigor quanto à métrica e à rima perfeita são característicos na Cantoria dos repentistas violeiros.
Há diversos outros gêneros artísticos brasileiros que usam em alguns momentos o improviso cantado, mas não se baseiam exclusivamente no improviso como é o caso do Repente ou Cantoria. Dentre eles o Calango, o Maracatu e o Rap.