Religião universal
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Religião universal (também religião universalizadora), no contexto convencionado da classificação morfológica das religiões, pode conceituar-se como uma religião cujas leis ou preceitos sagrados, bem como sua cosmogenia são postos como de observância obrigatória para todos, nesse caso entendida toda a humanidade.[1] Assim entendida, qualquer que seja (pois podem-se conceber várias, sem reserva), uma tal religião pode ser diretamente contrastada com as, por assim dizer, "religiões étnicas", em termos de suas características, já que estas últimas são, conforme João Hinnells, matizadas por traços étnicos ou de âmbito nacional.[2] Cornelis Tiele é, geralmente, considerado a primeira pessoa a formalizar essa classificação no estudo ocidental da religião. Então, pelo já estabelecido, religião universal pode ter feição plural, isto é, muitas podem-se conceber.
"Universalizar a(s) religião(ões)" é diferente de, embora relacionado a o termo "universalismo", e pode-se entender como estratégia de "universalizar" (ou seja, "absorver, tanto quanto possível, qualquer e toda religião, das preexistentes, em sua estrutura e em seus princípios sagrados, ou, ainda mais contraria e extremadamente, regar tudo até o ponto em que todas as religiões venham a ser encaradas necessariamente como as mesmas, forçosamente e de qualquer maneira"). Contudo, não é, de forma alguma, sinônimo de "universalismo", de feição espontânea e natural.