Rede Ferroviária de Alta Velocidade
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A Rede Ferroviária de Alta Velocidade, S.A. (RAVE) foi uma empresa pública que teve por missão o desenvolvimento e coordenação dos trabalhos e estudos necessários para a formação de decisões de planeamento e construção, financiamento, fornecimento e exploração de uma rede ferroviária de alta velocidade a instalar em Portugal Continental, e da sua ligação com a rede espanhola de igual natureza.[1] Foi extinta através das disposições do Orçamento de Estado de 2011, para que fosse integrada na REFER.[2]
RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade, S.A. | |
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Razão social | Administrador de Infraestruturas Ferroviárias de Alta Velocidade |
empresa pública, sociedade anónima | |
Atividade | transporte ferroviário |
Fundação | 19 de dezembro de 2000 |
Destino | extinta e integrada na Rede Ferroviária Nacional em 2011 |
Encerramento | 12 de fevereiro de 2014 |
Sede | Lisboa |
Área(s) servida(s) | Portugal |
Sucessora(s) | Infraestruturas de Portugal |
Website oficial | www |
Todas as obras iniciadas na zona de Lisboa (ver galeria de fotos) foram efetuadas para suporte das novas vias férreas resultantes da quadruplicação da Linha de Cintura de Lisboa e respetivo desnivelamento com a Linha do Norte permitindo ainda a futura compatibilização com as eventuais vias de alta velocidade de ligação à Estação do Oriente. A sua utilização está ainda enquadrada no âmbito da modernização do sistema ferroviário da Área Metropolitana de Lisboa e as empreitadas foram financiadas por fundos da Rede Transeuropeia de Transportes da União Europeia, no âmbito de um programa de relançamento da economia europeia, fundos apenas disponíveis para as obras que se iniciassem no ano de 2010.
Tendo em conta as restrições orçamentais impostas pela atual conjuntura económica e financeira, e a consequente revisão do plano de investimentos a REFER não está em condições de avançar datas para a continuidade do projeto.
Em fevereiro de 2014, foi revelado que só em indemnizações por anulação de concursos, o estado já gastou 20 milhões de euros com o TGV. Um valor que fica aquém do total gasto com esta infra-estrutura, que não existe, uma vez que não inclui os valores gastos com estudos.[3] Uma auditoria do Tribunal de Contas divulgada em 5 de janeiro de 2015, revela que o projeto ferroviário de alta velocidade seria financeiramente inviável. Em 11 anos foram gastos 120 milhões de euros em estudos, mais 32,9 milhões de euros em custos de estrutura da Rede de Alta Velocidade (RAVE).
O projeto português de alta velocidade cancelado em 2012, assentava em seis contratos de parcerias público-privadas relativas aos três eixos ferroviários inicialmente projetados, cujos encargos para os parceiros públicos estavam repartidos em 9,401 mil milhões de euros a título de encargos diretos, mais 654 milhões de euros em encargos indiretos e ainda mais 1,564 mil milhões de euros em encargos com material circulante. No total, os encargos do projeto da Alta Velocidade portuguesa ascenderiam a 11,620 mil milhões de euros.[4]