Ratko Mladić
comandante militar sérvio-bósnio e criminoso de guerra condenado (nascido em 1942) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Ratko Mladić (em sérvio Ратко Младић, AFI: [râtkɔ mlǎːditɕ]; Božanovići, Kalinovik, 12 de março de 1943) é um ex-militar sérvio, chefe do Exército da República Sérvia durante a Guerra da Bósnia entre 1992-1995.
Ratko Mladić | |
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Nascimento | 12 de março de 1943 (81 anos) Kalinovik, Estado Independente da Croácia |
Nacionalidade | Sérvio |
Serviço militar | |
País | Iugoslávia República Krajina República Sérvia |
Serviço | Exército Popular Iugoslavo (JNA) Exército da República Sérvia (VRS) |
Anos de serviço | 1965–1996 |
Patente | General |
Comando | 9º Corpo do Exército (JNA) 2º Quartel-general do Distrito Militar (JNA) Chefe do Estado-Maior do VRS |
Conflitos | Guerra de Independência da Croácia Guerra da Bósnia |
Mladić comandou diretamente o Massacre de Srebrenica em julho de 1995, assassinando mais de oito mil muçulmanos bósnios[1] e o cerco de 43 meses a Sarajevo, onde milhares de civis foram mortos por fogo de artilharia e de franco-atiradores instalados nas colinas ao redor da cidade.
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia manteve por mais de quinze anos uma ordem internacional de captura e detenção contra ele, baseada em sua regra 61, que considera o ex-general sérvio-bósnio como provável perpetrador de crimes de guerra e crimes contra a Humanidade.[2] A Sérvia e os Estados Unidos chegaram a oferecer cinco milhões de euros por informações que levassem à captura de Mladić.[3] Em outubro de 2010, o governo sérvio intensificou seus esforços pela captura do fugitivo, dobrando a recompensa por informações para €10 milhões.[4] A prisão de Mladić era uma condição fundamental exigida pela União Europeia para possibilitar o ingresso da Sérvia no organismo.
Depois de desaparecido por mais de uma década, Mladić foi finalmente preso na Sérvia em 26 de maio de 2011, com o anúncio de sua prisão feito em Belgrado pelo presidente do país Boris Tadić, que declarou que a prisão do ex-general "removia um fardo pesado dos ombros da Sérvia e fechava uma página infeliz da história do país."[1] Em 2017, foi condenado à prisão perpétua por crimes de guerra cometidos durante o conflito na Bósnia (1992–1995).