Prémio Nadal
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O Prémio Nadal de romance é um prémio literário comercial (concedido por editoras) atribuído anualmente desde 1944 à obra inédita escolhida pelas Edições Destino[1] (pertencente ao Grupo Planeta desde o princípio dos anos 1990). É o prémio literário mais antigo de Espanha e foi atribuído a muitas das mais importantes figuras da Literatura espanhola do século XX. A cerimónia de entrega do prémio, atualmente no valor de 18 000 €, realiza-se a 6 de janeiro, no Dia de Reis, que desde 1958 se realiza no Hotel Ritz de Barcelona.
Prémio Nadal | |
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Descrição | Prémio literário à obra inédita |
Organização | Ediciones Destino, Grupo Planeta |
País | Espanha |
Primeira cerimónia | 1944 |
Página oficial |
Desde a sua criação em 1944 até 2009, era também atribuído um segundo prémio, no valor de 9 000 € para o finalista, tendo este prémio sido substituído em 2010 pelo Prémio de romance Francisco Casavella. Desde 1968 que na mesma cerimónia se concede também o Prémio Josep Pla a obras em prosa em catalão sem limitações de género.
A primeira obra a receber o Prémio Nadal foi Nada, de Carmen Laforet, que se impôs na última ronda a En el pueblo hay caras nuevas, de Xosé María Álvarez Blázquez.
Depois das Edições Destino terem sido adquiridas pelo Grupo Planeta, no início dos anos 1990, o prémio tomou um rumo mais comercial, passando a ser otorgado a figuras destacadas e já consolidadas da literatura espanhola, abandonando-se a descoberta de novos valores literários, que até então tinha sido o sua principal alvo.
Entre as obras premiadas mais destacadas podem encontrar-se, além de Nada, de 1944, já mencionada, La sombra del ciprés es alargada (1947), de Miguel Delibes, El Jarama (1955), de Rafael Sánchez Ferlosio, Entre visillos (1957), de Carmen Martín Gaite, e La soledad era esto (1990), de Juan José Millás.
Outros autores prestigiados para cuja carreira literária o Prémio Nadal foi importante são Elena Quiroga (1950), Ana María Matute (1959), Ramiro Pinilla (1960), Álvaro Cunqueiro (1968) y Francisco Umbral (1975), Fernando Arrabal (1982), Manuel Vicent (1986), Alejandro Gándara (1992), Gustavo Martín Garzo (1999), Lorenzo Silva (2000) e Andrés Trapiello (2003).