Prosódia
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Prosódia (do grego προσῳδία, transl. prosodía, composto de προσ, pros-, "verso", e ᾠδή, odé, "canto") é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento (intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na fala. A prosódia descreve todas as propriedades acústicas da fala que não podem ser preditas pela transcrição ortográfica (ou similar); em resumo, é uma parte da fonética que trata da correta acentuação tônica das palavras.[1]
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Quando ocorre um erro de prosódia, isto é, quando há uma transposição do acento tônico de uma sílaba para outra (transformação de palavra paroxítona em oxítona ou de proparoxítona em paroxítona), ocorre uma cacoépia, também denominada silabada.[2][3]
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:
- 1) oxítonas: cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, subtil, ureter, Gibraltar, obus, masseter, bisturi, frenesi.
- 2) paroxítonas: âmbar, avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, circuito, Ebola, exegese, filantropo, fortuito, grácil, gratuito, ibero, intuito, maquinaria, misantropo, ônix, performance, pudico, refrega, rubrica, têxtil, transido, recorde, algaravia, mequetrefe, biotipo, croquete.
- 3) proparoxítonas: aeródromo, aerólito, amálgama, alcoólatra, álibi, âmago, antídoto, aríete, anátema, azáfama, arquétipo, bávaro, bímano, bólido, cânhamo, chávena, cotilédone, crisântemo, égide, elétrodo, êmbolo, etíope, fac-símile, idólatra, ínterim, ímprobo, leucócito, lêvedo, ômega, pólipo, plêiade, protótipo, quadrúmano, trânsfuga, vermífugo, zéfiro, zênite, catástrofe, cérebro, pretérito, brâmane, autóctone, síndrome, perífrase, notívago, sânscrito, acrópole, estereótipo, genótipo, fenótipo, fotótipo, galvanótipo (exceção: linotipo é palavra paroxítona).
Há algumas palavras em que o acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta, e pode depender da variante linguística usada. Exemplos:
Há também as palavras que assumem significados diferentes, de acordo a acentuação. Exemplo:
- valido (flexão do verbo validar) e válido (adjetivo);
- vivido (particípio do verbo viver) e vívido (adjetivo).
- para (preposição) e pára (do verbo parar na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo e antes do Novo Acordo Ortográfico de 2009).