Princípio de causa e efeito (cristianismo)
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O princípio de causa e efeito é um dos argumentos usados como prova da existência de Deus e como solução da origem da vida. No Antigo Testamento, Deus é apresentado como a causa eficiente e primeira de todas as coisas.[1]Descartes afirmou que: "Não há nenhuma coisa existente da qual não se possa perguntar qual é a causa".[2] Aqui se trata da causa eficiente e primeira, que não pode ser confundida com uma simples ação, pois nem toda ação é necessariamente uma causa ou produz algo novo.
No Cristianismo, Jesus Cristo é apresentado como o logos no início do Evangelho segundo João. Para os gregos da época, este termo identificava Jesus como o "Primeiro Motor" de Aristóteles. Para os judeus, este termo também reportava à criação, visto que logos pode ser traduzido por "palavra" ou "sabedoria". Os atos de criação são descritos como ações da palavra de Deus.[3][4] Igualmente a sabedoria é personificada no livro de Provérbios e está presente na criação.[5]
Aristóteles afirmava que "uma pedra de granito poderia se transformar numa estátua desde que um escultor se dispusesse a esculpi-la".[6] Aristóteles acreditava que na natureza havia uma relação de causa e efeito e também acreditava na causa final. Deste modo, não queria saber apenas o porquê das coisas, mas também a intenção, o propósito e a finalidade que estavam por trás delas. Neste sentido, Jesus agrega os dois elementos, a causa e o efeito, ao ser chamado de Alfa e Ômega, o princípio e o fim.[7] Tais afirmações correspondem ao descrito no livro do profeta Isaías.[8]
Segundo a Bíblia, Jesus Cristo, como imagem do Deus invisível ou o Verbo divino encarnado, é causa tanto do mundo material como do mundo espiritual[9]