Portal:Monarquia de Espanha
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O termo Monarquia Espanhola designa a forma política do governo e posteriormente do Estado em Espanha, desde a união pessoal dos reinos peninsulares nos descendentes dos Reis Católicos até à atualidade, interrompida unicamente pelos períodos correspondentes à parte do Sexénio Revolucionário (1868-1874) - que inclui a Primeira República Espanhola (1873-1874) -, a Segunda República Espanhola (1931-1939) e o regime franquista (1939-1975). Considera-se geralmente que a Monarquia Espanhola nasce com a união dinástica dos reinos peninsulares por Fernando II de Aragão e Isabel de Castela, que reinaram juntos como Rei de Aragão e consorte de Castela e Rainha de Castela e consorte de Aragão respectivamente e chamados Reis Católicos (Catholicos reges, et principes) pelo papado desde 4 de maio de 1493 em razão da reconquista da península aos mouros e pelo projecto evangelizador do Novo Mundo. Joana, a Louca, filha de ambos, casada com Filipe, o Belo, herdou a Coroa de Castela ao morrer a Rainha Isabel, embora não a de Aragão por pertencer a Fernando. O neto dos Reis Católicos, e filho de Joana, Carlos I, consolidou a união de ambas as Coroas na sua pessoa, sendo chamado Hispaniarum Rex Catholicus ("Rei Católico das Espanhas") pelo Papa Leão X na bula de 1 de abril de 1516. Filipe II foi conhecido desde o seu nascimento como Príncipe das Astúrias, acedendo ao trono por abdicação de seu pai, e usando em documentos e moedas a fórmula abreviada de Hispaniarum et Indiarum Rex ("rei das Espanhas e das Índias") , e após a Crise de sucessão de 1580 adquiriu também a titularidade da coroa portuguesa, com o nome de "Filipe I". Os primeiros monarcas respeitaram a cronologia castelhana. Deste modo, a Filipe II chamou-se Filipe, o Belo, que reinou como Filipe I de Castela. Em 1833 com a questão dinástica sucederam-se três guerras civis em Espanha que duraram todo o século XIX, onde os constitucionais opunham o seu ideário de "igualitarismo" contra os "fueros" dos carlistas. A questão dinástica tinha-se resolvido com base na pragmática sanção que realizou Fernando VII pressionado pelo Partido Liberal contra a aplicação de leis do Antigo Regime dos Bourbon, a lei sálica que apenas permitia que reinassem os varões. O pretendente a uma monarquia absolutista, o infante Carlos María Isidro, irmão do rei Fernando VII, foi excluído em favor da sua sobrinha Isabel, Princesa das Astúrias, filha do rei, que foi proclamada rainha constitucional com apenas quatro anos de idade. Assim sendo, a partir desse reinado a monarquia espanhola já não perderia a sua característica constitucional. O Palácio Real de Madrid, também denominado de Palácio de Oriente e, durante a Segunda República Espanhola, de Palácio Nacional, é a residência oficial do Rei de Espanha, situado em Madrid, a capital espanhola. Com uma área de 135 000 m² e 4318 quartos, é o maior palácio real na Europa. Foi construído no mesmo local onde se encontrava um outro palácio, denominado de Real Alcázar de Madrid, destruído por um incêndio que durou três dias, no ano de 1734. As obras começaram a 6 de Abril de 1738, quando se lançou a primeira pedra. O seu arquitecto foi Giovanni Battista Sacchetti. O Palácio Real de Madrid continua a ser, oficialmente, a residência do Rei de Espanha, apesar de, na actualidade, o Rei o utiliza somente para ocasiões de gala, almoços, recepções oficiais, entregas de prémios e audiências, já que a Família Real optou por viver num palácio mais modesto, o Palácio da Zarzuela. Os reis consideram que na sua residência do Monte de El Pardo podem preservar a sua intimidade mais facilmente que num palácio com as dimensões do Palácio Real de Madrid. Afonso XIII foi o último monarca a residir permanentemente no palácio, e Manuel Azaña o último chefe de estado a habitá-lo. Os aposentos privados utilizados por Afonso XIII estiveram em estado de semi-abandono durante muito tempo, estando em processo de restauro. Estes encontram-se na denominada Ala de San Gil. Também se projecta a construção de um Museu de Colecções Reais nas proximidades, entre a Plaza de la Armería e la Almudena. Este edifício, em parte subterrâneo, albergará diversas colecções que permanecem armazenadas. Actualmente, o Palácio Real de Madrid é administrado pelo Património Nacional de Espanha, dependente do Ministério da Presidência. Juan Carlos da Espanha (Roma, 5 de janeiro de 1938) é o atual rei da Espanha. Nasceu na Itália durante o exílio do seu avô, sendo filho de Juan de Borbón y Battenberg e de Maria das Mercedes de Bourbon e Orléans, Princesa das Duas Sicílias. Por expresso desejo de seu pai, a sua formação fundamental desenvolveu-se na Espanha, onde chegou pela primeira vez aos 10 anos, procedente de Portugal, onde residiam os Condes de Barcelona desde 1946, na vila atlântica do Estoril, e foi aluno interno num colégio dos Marianos da cidade suíça de Friburgo. O ditador General Francisco Franco foi quem nomeou Juan Carlos como rei em 1969, após a Espanha já ter extinto a monarquia. Após a morte de Franco, conseguiu fazer a transição pacífica do regime franquista para a democracia parlamentar. Margarida de Espanha, Duquesa de Sória (nome completo: Margarita María Victoria de la Esperanza Jacoba Felicidad Perpetua de Todos los Santos de Borbón y Borbón-Dos Sicilias) GCIH (nascida em Roma, Itália, a 6 de março de 1939), a filha mais nova de João de Bourbon e Maria das Mercedes de Bourbon-Duas Sicílias e Orleães. Casou-se com Juan Carlos Emilio Zurita e Delgado (um médico nascido em 1943), em 12 de outubro de 1972. Eles têm dois filhos: Alfonso Zurita y Juan Carlos de Borbón (1973) e María Emilia Sofia Carmen Zurita y de Borbón (1975). Dona Margarida renunciou a seu direito de sucessão devido ao casamento, mas sua renúncia teve lugar antes da aprovação da constituição espanhola de 1978 e não foi ratificada pelas Cortes. Sofia Margarida Vitória Frederica (Σοφία Μαργαρίτα Βικτωρία Φρειδερίκη; Atenas, 2 de novembro de 1938) é a esposa do rei Juan Carlos e foi a Rainha Consorte da Espanha de 1975 até 2014. É filha do rei Paulo da Grécia e sua esposa a princesa Frederica de Hanôver, sendo por nascimento uma princesa da Grécia e Dinamarca. Conheceu seu futuro esposo, o então príncipe Juan Carlos de Bourbon em 1954, durante um cruzeiro, organizado pela mãe, que reuniu os jovens da realeza europeia. Mas o romance com Juan Carlos só começou em junho de 1961, quando se reencontraram no casamento de Eduardo, Duque de Kent em Londres, e casou-se em 14 de maio de 1962 em Atenas, na Catedral de São Dionísio, convertendo-se ao catolicismo. O vestido da noiva foi feito por Jean Desses e ela contou com a presença de sua irmã Irene da Grécia e Dinamarca, a irmã do noivo Pilar de Espanha, e a futura cunhada de Sofia, Ana Maria da Dinamarca, junto com as princesas Irene da Holanda, Alexandra de Kent, Benedita da Dinamarca, Ana de Orléans e Tatiana Radziwill. Portal:Monarquia de Espanha/Navegação |