Política da Coreia do Norte
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A Coreia do Norte (ou República Popular Democrática da Coreia) é regida sob um governo Juche autodeclarado[1] com um acentuado culto de personalidade organizado em volta de Kim Il-sung (o fundador da Coreia do Norte e o primeiro presidente do país) e seus descendentes que governaram o país depois dele.[2] A fundação do país é comemorada no Dia da Fundação da República. Após a morte de Kim Il-sung, em 1994, ele foi substituído por Kim Jong il, que foi sepultado no Palácio Memorial de Kumsusan, no centro de Pyongyang.
O sistema político da Coreia do Norte baseia-se no princípio da centralização. A constituição define o país como "uma ditadura da democracia popular"[3] sob a liderança do Partido dos Trabalhadores da Coreia (PTC), que possui supremacia legal sobre todos os partidos políticos norte-coreanos. A posição de Secretário-Geral é normalmente o líder supremo, que controla o Presidium, o Politburo, o Secretariado do partido e a Comissão Militar Central, tornando o titular do cargo a pessoa mais poderosa da Coreia do Norte.[4]
O Partido dos Trabalhadores da Coreia (PTC) é o de facto partido reinante da Coreia do Norte, ocupando todos os cargos executivos do governo, tendo estado nesta posição desde a fundação do país em 1948. Outros partidos políticos menores também existem, mas são legalmente obrigados a aceitar o papel dominante do PTC.[5] Eles, com o PTC, formam uma frente popular, conhecida como Frente Democrática para a Reunificação da Coreia (DFRK). As eleições ocorrem apenas em corridas de candidato único, onde o candidato é efetivamente selecionado de antemão pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia.[6] No total, o parlamento possui 679 membros de três partidos, além de dois parlamentares independentes, eleitos nas últimas eleições, realizadas março de 2019. O PTC elegeu a esmagadora maioria do plenário (607 parlamentares). A Frente Democrática de Reunificação da Pátria é uma coligação do Partido dos Trabalhadores da Coreia e outros dois partidos menores, o Partido Social-Democrata da Coreia e o Partido Chondoista Chongu. Estes partidos nomeiam todos os candidatos para cargos e ocupam a maioria dos assentos da Assembleia Popular Suprema.
Atualmente a Coreia do Norte é vista como um regime ditatorial e totalitarista, com todos os poderes centrados na figura do Líder Supremo, tendo ainda um grande culto à personalidade em volta da Família Kim, que governa o país com poderes absolutos desde o final da década de 1940.[7][8][9][10]