Pertússis
doença humana causada pela bactéria Bordetella pertussis / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Tosse convulsa (português europeu) ou coqueluche (português brasileiro) é uma doença bacteriana altamente contagiosa.[10] Os sintomas iniciais são geralmente similares aos da constipação, com corrimento nasal, febre leve e tosse. Esta é, então, seguida ao longo de semanas por um grave acesso de tosse violenta e espasmódica com sensação de asfixia que terminam com um ruído estridente durante a inspiração (estridor inspiratório).[1] A tosse pode durar 10 semanas ou mais.[3] Uma pessoa pode ter uma tosse tão forte que pode vomitar, fraturar as costelas ou ficar muito cansada do esforço.[2] As crianças menores de um ano de idade podem ter pouca ou nenhuma tosse e, em vez disso, ter períodos em que não conseguem respirar.[1] O tempo entre a infecção e o início dos sintomas é geralmente de sete a dez dias.[11] A doença pode ocorrer em pessoas que tenham sido vacinadas, mas os sintomas são normalmente mais brandos.[1]
Tosse convulsa (português europeu) ou coqueluche (português brasileiro) | |
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Uma criança tossindo devido a coqueluche. | |
Sinônimos | Pertússis |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | coriza, tosse persistente e febre[1] |
Complicações | Vômito, fratura da costela, cansaço[1][2] |
Duração | ~ 10 semanas[3] |
Causas | Bordetella pertussis (disseminada através do ar)[4] |
Método de diagnóstico | aspiração nasofaríngea[5] |
Prevenção | Vacina contra pertússis[6] |
Tratamento | Antibióticos (se detectado precocemente)[7] |
Frequência | 16.3 milhões (2015)[8] |
Mortes | 58.700 (2015)[9] |
Classificação e recursos externos | |
CID-11 | 1287021540 |
DiseasesDB | 1523 |
MedlinePlus | 001561 |
eMedicine | 967268 |
MeSH | D014917 |
Leia o aviso médico |
A tosse convulsa é causada pela bactéria Bordetella pertussis e é uma doença transmitida pelo ar que se espalha facilmente através da tosse e os espirros de uma pessoa infectada.[4][12] As pessoas são infecciosas para outras, a partir do início dos sintomas até cerca de três semanas de tosse. As tratadas com antibióticos não são mais infecciosas depois de cinco dias.[7] O diagnóstico é através da recolha de uma amostra a partir da parte de trás do nariz e da garganta. Esta amostra pode ser testada por qualquer cultura ou por reação em cadeia da polimerase.[5]
A prevenção é feita, principalmente, através da vacinação com a vacina contra coqueluche.[6] Recomenda-se a imunização inicial entre os seis e oito semanas de idade, e a administração de quatro doses nos primeiros dois anos de vida.[13] A vacina torna-se menos efetiva ao longo do tempo, e normalmente recomendam-se doses suplementares para crianças mais velhas e adultos.[14] Os antibióticos podem ser utilizados para evitar a doença naqueles que foram expostos e estão em risco de piora da doença.[15] Nos portadores da doença, os antibióticos podem ser úteis se o tratamento tiver inicio dentro de três semanas após os primeiros sintomas, mas, caso contrário, têm pouco efeito na maioria das pessoas. Em crianças com menos de um ano de idade e entre mulheres grávidas, recomenda-se a toma de antibióticos no prazo de seis semanas do início dos sintomas. Os antibióticos utilizados incluem eritromicina, azitromicina, claritromicina ou trimetoprim/sulfametoxazol.[7] Existem poucas evidências sobre a efectividade das intervenções de outros fármacos para a tosse, para além dos antibióticos.[16] Muitas crianças com menos de um ano de idade necessitam de hospitalização.[1]
Estima-se que 16.3 milhões de pessoas foram infectadas em 2015.[8] A maioria dos casos ocorre em países em desenvolvimento, e pessoas de todas as idades podem ser afetadas.[6][16] Em 2015, resultou em 58.700 mortes com 138.000 mortes em 1990.[9][17] Cerca de 0,5% das crianças infectadas com menos de um ano de idade morrem.[2] Surtos da doença foram descritos pela primeira vez no século XVI. A bactéria que causa a infecção foi descoberta em 1906 e a vacina contra a tosse convulsa tornou-se disponível na década de 1940.[11]